A Enel anunciou, nesta quinta-feira (23), a saída do presidente da empresa no Brasil, Nicola Cotugno. A pressão sobre a empresa escalou depois do caos urbano enfrentado por São Paulo com as chuvas que atingiram a região no último dia 3. A queda de energia elétrica chegou a deixar milhares de pessoas sem o serviço essencial por quase uma semana.
De acordo com informações oficiais da Enel, a saída de Cotugno não tem relação com a crise recente: ele está deixando a companhia para se aposentar. Durante o apagão no estado paulista, Cotugno chegou a dizer que a situação "não é para nos desculparmos, não. O vento foi absurdo". Dias depois, o executivo voltou atrás e se desculpou com a população. "Evidentemente não me expressei bem, queria confirmar essa desculpa. Essa era a coisa mais importante, solidariedade e empatia", disse então.
Conforme nota divulgada pela empresa de energia, o novo presidente da Enel Brasil é o executivo Antonio Scala. “A saída de Cotugno foi definida em reuniões de Conselho das distribuidoras e da Enel Brasil em outubro. Para apoiar o processo de substituição e as recentes contingências, o executivo prorrogou a sua saída para 22 de novembro. Até que sejam concluídos os trâmites administrativos necessários para nomeação de Antonio Scala, o presidente do Conselho de Administração, Guilherme Gomes Lencastre, assumirá a posição de forma interina”, diz o informe.
Segundo apuração da Gazeta do Povo, o novo presidente da Enel Brasil deverá ser convocado para as duas Comissões Parlamentares de Inquérito (CPIs) que tramitam na Assembleia Legislativa (Alesp) e na Câmara dos Vereadores de São Paulo.
A Enel se comprometeu a enviar à Alesp uma proposta de ressarcimento para os consumidores que foram afetados no apagão do último dia 3. O presidente da Enel em São Paulo, Max Xavier Lins, também enfrenta pressões devido ao apagão, mas permanece no cargo, conforme informado pela empresa.
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