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Tarcísio diz para assessores mais próximos que não demitirá Renato Feder da pasta da Educação.
Tarcísio diz para assessores mais próximos que não demitirá Renato Feder da pasta da Educação.| Foto: Divulgação/Secretaria da Educação do estado de SP

A Secretaria da Educação do estado de São Paulo publicou em Diário oficial, nesta quarta-feira (6), a saída do coordenador pedagógico da pasta, Renato Dias. A baixa acontece logo após a divulgação de erros de português, matemática, geografia e história do material didático digital produzido pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos) para o ensino público do estado.

Em nota, a secretaria afirma que “Dias deixa o cargo para assumir projetos pessoais e a exoneração aconteceu a pedido”. A pasta já tem um substituto para o cargo, a professora Bianka de Andrade Silva. Ela é doutora em letras pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) e trabalhou no setor de projetos de avaliação da Secretaria da Educação mineira.

Segundo apuração da Gazeta do Povo, o governador de São Paulo não vai demitir o secretário da Educação, Renato Feder. A pressão pela troca no comando geral da Educação paulista aumentou após a polêmica envolvendo o material digital. Para pessoas próximas, Tarcísio foi claro ao comentar que não cometeria o mesmo erro de Bolsonaro, “de ficar trocando toda hora o comando da Educação por pressão da militância ou da imprensa”. Tarcísio ainda não trocou nenhum de seus 25 secretários, mas já mexeu no segundo escalão das pastas.

Em oito meses, secretário da Educação da gestão Tarcísio acumula polêmicas

Logo no começo da gestão Tarcísio, o governo de São Paulo fechou três contratos com a Multilaser, empresa ligada ao secretário Renato Feder. Os contratos somam aproximadamente R$ 243 mil. Os novos acordos foram assinados quando Feder já era secretário, mas tiveram os contratos firmados na gestão anterior, segundo informações do governador de São Paulo.

“São questões para mim que vão ser bem esclarecidas. Nós temos aí contratos, no caso da Multilaser com a Secretaria da Educação, que foram feitos antes da nossa chegada no governo. Os contratos que foram feitos depois, que aí são com outras pastas, são contratos muito pequenos que foram feitos dentro da regra do jogo, e da nossa parte já tem uma proibição de não haver mais contratação nenhuma", afirmou Tarcísio ao g1.

Feder foi presidente da Multilaser por 15 anos e é acionista da companhia através de offshore com sede em Delaware, nos Estados Unidos. Ele disse que a empresa não participaria de novas licitações com o governo de São Paulo.

Já os erros do material didático digital produzido pela equipe de Feder vieram à tona mais recentemente, apesar de serem distribuídos desde abril para mais de 3 milhões de crianças e adolescentes. No material foram encontradas informações equivocadas, como a que a Lei Áurea, de 1888, foi assinada por dom Pedro 2º (e não pela Princesa Isabel), e que a capital paulista possui praias, além de erros de português e matemática.

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