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O deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, Ricardo Salles (PL).
O deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente de Bolsonaro, Ricardo Salles (PL).| Foto: Marcos Corrêa/PR

O deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) confirmou presença no ato de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que ocorrerá no próximo domingo (25) na avenida Paulista, em São Paulo. Ele é um dos mais de 100 políticos que participarão e, esperando um recorde de manifestantes, vê no evento uma importante representação da força da direita e dos conservadores.

"Do ponto de vista quantitativo vai ter muita gente, vai haver uma grande adesão. Estão vindo pessoas do Brasil inteiro, de todo o interior do estado de São Paulo e de outros estados, o que vai trazer uma visão recorde de pessoas como nenhuma outra manifestação antes", disse em entrevista à Gazeta do Povo.

"Do ponto de vista qualitativo, assim como todas as manifestações da direita, deve ser uma manifestação muito ordeira e com o tom que foi dado pelo presidente, ou seja, ele vai apresentar todas as questões que entender relevantes e de uma forma que as pessoas entendam a posição dele sobre cada um dos assuntos. É uma situação em que claramente a força representativa da direita e dos conservadores vai ficar evidente", complementou.

Salles acredita que os temas do pedido de impeachment do presidente Luiz Inácio da Silva, bem como as falas dele em relação a Israel que geraram um conflito diplomático sem precedentes, não devem entrar nos discursos durante o ato político: "Esses temas incentivam as pessoas a irem e participarem, mas daí a isso se tornar pauta da fala do presidente, não acredito que vai acontecer."

Os articuladores do ato farão uma reunião no Palácio dos Bandeirantes, onde Bolsonaro ficará hospedado a convite do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), com a participação do pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo.

"Apoio moral" em ato pró-Bolsonaro

Ex-ministro do Meio Ambiente e quarto deputado federal mais votado do estado de São Paulo, Ricardo Salles no ato pró-Bolsonaro - assim como de outros políticos aliados - tem uma representação simbólica de apoio ao ex-presidente, mas sem postura de protagonismo.

"Todos os deputados estão ali como apoio moral ao presidente, não é devido nem cabível que algum tenha protagonismo uma vez que o evento é idealizado pelo presidente e ele é o único protagonista. Acredito que os deputados não precisam nem subir no caminhão. Ali é para o presidente falar", respondeu ele.

"Desmoralização" do bolsonarismo

Ricardo Salles era o nome preferido de Bolsonaro para disputar a prefeitura de São Paulo nas eleições 2024, mas ele teve de desistir da candidatura depois que Bolsonaro cedeu a Valdemar Costa Neto, presidente do PL, que preferiu apoiar a candidatura à reeleição do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).

Crítico de Nunes, Salles não aposta que o prefeito estará presente na manifestação de apoio a Bolsonaro: "Tenho dúvidas se ele vai, e se for vai ser de uma forma apenas protocolar. Também não acredito que ele vá discursar".

Em relação à chapa de Nunes, Salles defende que "pelo menos" a indicação do vice seja confirmada pelo atual prefeito de São Paulo. "O nome de Mello Araújo foi indicado pelo Bolsonaro e é fundamental para representar o bolsonarismo na chapa do Nunes. Não tem sentido não ser ele depois de todas as concessões que os bolsonaristas fizeram, tiraram a minha candidatura justamente em prol dessa aliança negociada com a promessa de que o Bolsonaro indicaria o vice", disse Salles.

"É estranho esse silêncio sobre a indicação do Mello Araújo. Não vejo nenhuma razão plausível para que não seja ele, que é o candidato que o Bolsonaro quer. Se não for aceito, é uma desmoralização completa do nosso lado"

Deputado federal Ricardo Salles (PL)

Silêncio em relação à candidatura de Nunes

Salles afirmou à reportagem da Gazeta do Povo que não apoiará a candidatura de Nunes nem se Bolsonaro pedir, mas diz que se comprometeu a ficar em silêncio e não fazer críticas.

"Eu não vou apoiar nem subir no palanque, o máximo que vou fazer é me silenciar. Quando houve o acordo de indicação do vice, me comprometi a não criticar e vou cumprir minha promessa", disse.

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