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A Justiça brasileira decidiu nesta semana que Cristian Cravinhos, um dos condenados pelo assassinato do casal Richthofen, cumprirá o restante da pena em regime aberto. Com a decisão, todos os condenados pela morte dos pais de Suzane Von Richthofen, ocorrida em 2002, estão soltos.
Esta é a segunda vez que Cravinhos muda de regime. Em 2017, ele chegou a conseguir o benefício no sistema aberto, mas perdeu após ser detido por suspeita de agredir uma mulher, além de tentar subornar policiais em Sorocaba, no interior de São Paulo.
A decisão desta semana foi proferida pela juíza Sueli Zeraik de Oliveira Armani, após a defesa do condenado argumentar com base em um laudo psicológico que ele tem "dificuldade de adaptação social".
A magistrada, então, acatou o pedido, entendendo que Cravinhos tinha um “bom comportamento carcerário". Armani afirmou ainda que Cristian foi submetido a exame criminológico e a equipe multidisciplinar que o avaliou opinou de "forma positiva" para o regime aberto.
Segundo o documento judicial, acessado pela emissora CNN, o condenado ainda tem 16 anos de pena a cumprir, terminando em 2041.
O Ministério Público de São Paulo entrou com um recurso na Justiça, recorrendo da decisão que deu liberdade para Cristian Cravinhos na última quinta-feira (5).
No pedido, o MP-SP argumenta que Cristian já foi beneficiado com a progressão de regime, mas perdeu o benefício após cometer outro crime, o que deveria ser levado em conta na decisão.
"As objeções apresentadas pelo Ministério Público não são aptas a justificar decisão desfavorável, já que ilações subjetivas a respeito da personalidade do apenado, isoladas do contexto, não se afiguram aptas a ensejar negativa de direitos garantidos pela Lei de Execução Penal", diz trecho da decisão judicial.




