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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).
O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB).| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

O evento de posse de novos secretários que integram a prefeitura de São Paulo, nesta segunda-feira (19), reforçou a construção de alianças para a disputa do prefeito Ricardo Nunes (MDB) à reeleição. Aldo Rebelo (PDT), ex-integrante do PCdoB que possui posicionamentos conservadores, é um dos nomes que chega para contribuir com a estratégia da campanha de Nunes.

Novo secretário de Relações Internacionais da prefeitura de São Paulo, Rebelo substituirá Marta Suplicy (PT), que deixou o cargo para compor a chapa do pré-candidato Guilherme Boulos (Psol), principal opositor de Nunes.

Além de Rebelo, o desembargador aposentado e ex-presidente do Tribunal de Justiça de São Paulo José Renato Nalini tomou posse como secretário de Mudanças Climáticas, substituindo Gilberto Natalini, que deixou o cargo alegando motivos pessoais e profissionais.

Caciques do MDB em apoio a Nunes

O evento que ocorreu na sede da prefeitura de São Paulo contou com nomes de peso do MDB nacional, reforçando o apoio à pré-candidatura de Nunes ainda que o partido seja base do governo Lula (PT), por sua vez apoiador da pré-candidatura de Boulos.

Estiverem presentes o presidente nacional do MDB, o deputado Baleia Rossi; o ex-presidente Michel Temer; o governador do Pará, Helder Barbalho; e o governador de Alagoas, Paulo Dantas. Também marcaram presença o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões Jr.; o vice-governador do Espírito Santo, Ricardo Ferraço; o prefeito de Boa Vista, Arthur Henrique; o senador Fernando Dueire (PE) e o ex-senador Romero Jucá.

Do lado dos aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) estavam a secretária de Políticas para Mulher do governo Tarcísio, Sonaira Fernandes (PL), e o advogado de Bolsonaro, Fabio Wajngarten. Também estiveram presentes Gilberto Kassab, presidente nacional do PSD e secretário de governo de Tarcísio; o senador Ciro Nogueira (PI), presidente nacional do PP; e representando o PSDB o senador Plínio Valério (AM) e o ex-governador Rodrigo Garcia.

"Nunes foi muito prestigiado e ficamos surpresos com a quantidade de lideranças políticas que vieram de outros estados. Foi um grande sinal da amplitude do projeto dele, no sentido do concerto político. O Aldo [Rebelo] e o [José Roberto] Nalini são um símbolo disso e a presença diversificada é uma ratificação dessa construção", disse o presidente municipal do MDB e secretário de Relações Institucionais da prefeitura de São Paulo, Enrico Misasi, à Gazeta do Povo.

Defesa da democracia, em contraponto a Boulos

Enquanto o pré-candidato da esquerda, Guilherme Boulos, e o presidente Lula tentam nacionalizar a disputa à prefeitura de São Paulo e atrelar Nunes aos bolsonaristas, o prefeito de São Paulo se esquiva de ser classificado como "de direita" ou "de esquerda".

"A escolha do Renato e do Aldo mostra que a gente não está preocupado com essas questões ideológicas", disse Nunes na cerimônia de posse. Também no evento, os discursos defenderam uma “frente democrática” para a prefeitura de São Paulo, classificando Nunes como um político que não trabalha para os "extremos" e como um "democrata nato", se contrapondo à campanha de Boulos, que se coloca como "combatente aos extremistas e movimentos antidemocráticos".

"Nunes quer construir uma frente ampla com apoios que vão desde o ex-presidente Bolsonaro, partidos de centro-direita, de centro, até partidos mais de centro esquerda, como é o Solidariedade e o Avante", disse Misasi. O objetivo de Nunes é compor uma frente ampla que até agora almeja o apoio de 12 partidos: MDB, PSDB, Cidadania, PP, PL, Republicanos, União Brasil, Solidariedade, Avante, PSD, Podemos e PRD.

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