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Crise da Enel

Prefeito de São Paulo critica Silveira por pedido da Enel para renovar concessão

Alexandre Silveira
Ricardo Nunes afirma que o ministro Alexandre Silveira age "contra o interesse público" por aceitar pedido da Enel. (Foto: André Borges/EFE)

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O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB-SP), criticou o ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, por não barrar o pedido da Enel para renovar antecipadamente a concessão do serviço de distribuição de energia elétrica na capital paulista.

Isso porque a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) aprovou novas regras que permitem renovar a concessão por mais 30 anos. Os contratos tem previsão de encerramento entre 2025 e 2031. Para o prefeito, no entanto, a Enel não deveria nem poder antecipar a renovação por conta das constantes quedas da transmissão na capital principalmente em dias de chuva.

“E o governo federal vai em uma linha totalmente contrária. Vou dizer nome e sobrenome: Alexandre Silveira, agindo contra o interesse público. As relações dele são muito próximas com a Enel, inclusive um amigo é muito próximo e presidente do Conselho de Administração da Enel. Isso é público. É uma coincidência”, disse Nunes em entrevista ao UOL nesta terça (15).

O Ministério de Minas e Energia, a Aneel e a Enel ainda não se pronunciaram sobre as críticas do prefeito.

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Ricardo Nunes afirmou ainda achar estranho o pedido de antecipação da renovação sendo que o contrato vence apenas em 2028. Para ele, “não deveria renovar nem em 2028, deveria estar se preparando para substituir ou decretar caducidade, que é o ideal”.

No começo do mês, Ricardo Nunes também criticou as novas regras para a renovação das concessões, afirmando que foi uma “malandragem” do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que estaria armando uma “cilada” para a capital paulista.

“Abriram o prazo, e a Enel protocolou o pedido de renovação antecipada de 30 anos. Porque o que vai acontecer na eleição de 2026? Esse governo que está aí vai ficar? Não vai ficar. Quando chegar em 2028, vai ser outro governo, esses caras estão fora. Então tem uma questão de que o cronograma é muito bem pensado. [...] Nós estamos falando de uma trambicagem, de uma malandragem e de algo que vai afetar a vida de todo mundo, que é a permanência dessa empresa aqui”, afirmou.

O prefeito de São Paulo ainda disse que entrará na Justiça com outros 23 prefeitos para barrar a medida. Na ocasião, ele ainda chamou Silveira de “irresponsável” por não cancelar a concessão da Enel.

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