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André Mendonça relator

PT e PSOL entram no STF contra proposta de privatização da Sabesp

Partidos de esquerda entram com ação no STF contra privatização da Sabesp.
Partidos de esquerda entram com ação no STF contra privatização da Sabesp. (Foto: Divulgação/Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística)

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O PT e o PSOL protocolaram uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (Adin) no Supremo Tribunal Federal (STF) contra um decreto assinado pelo governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) que pode facilitar a privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp).

A Adin foi assinada por Juliano Medeiros, presidente do PSOL, e Gleisi Hoffmann, presidente do PT, em nome dos partidos. A ação já foi sorteada no STF e o relator escolhido foi o ministro André Mendonça.

O documento questiona a modificação de competências dos conselhos deliberativos das Unidades Regionais de Serviços de Abastecimento de Água Potável e Esgotamento Sanitário (Uraes). O objetivo do grupo é planejar os serviços de água e esgoto para cada região do estado e também fiscalizar o serviço prestado pela Sabesp em cada município. Os conselhos são compostos por membros escolhidos pelo estado, prefeitura e Sabesp.

Os partidos de esquerda questionam o decreto assinado por Tarcísio, porque a partir de agora o conselho também poderá alterar os contratos vigentes entre as prefeituras e a Sabesp. Com essas alterações em contrato, o caminho estaria aberto para a privatização da companhia.

Os contratos da Sabesp com as cidades têm uma cláusula que prevê o cancelamento dos documentos em caso de privatização. A partir do decreto, todos os municípios atendidos pela Sabesp estarão em um único bloco. O governo do Estado poderá aprovar no conselho um contrato único e de longo prazo, atraindo empresas da iniciativa privada.

Na ação, PT e PSOL questionam a legalidade do conselho em modificar os contratos o documento e alegam que o decreto fere o Marco Legal do Saneamento Básico (Lei Federal 14.026/20). “A transferência do poder deliberativo para alterar os contratos de abastecimento de água potável e esgotamento sanitário, celebrados entre prefeituras e Sabesp, usurpa a competência municipal de deliberar sobre seus interesses diretos e locais”, destaca trecho da ação.

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