A prefeitura de São Paulo vem colocando gradis no centro da cidade, na tentativa de afastar usuários de drogas e moradores de rua de pontos turísticos ou locais com grande fluxo de pessoas. Na maioria das entradas dos gradis, ficam posicionados policiais ou guardas civis. A gestão municipal justifica a medida para zeladoria urbana e proteção da grama.
Alguns lugares do centro da capital paulista que contam com os gradis são as praças da Sé, Patriarca, Padre Manuel da Nóbrega, entorno do Theatro Municipal, Pateo do Collegio e Largo São Bento. Além de pontos turísticos, são locais de passagem de uma grande quantidade de trabalhadores e moradores da região.
Coronel Camilo (PSD), subprefeito da região e ex-comandante geral da Polícia Militar, disse, em abril, que o gradil contribuía para a zeladoria e protegia os canteiros de grama que haviam acabado de ser plantados. Quatro meses depois, os gradis seguem no local e se expandem. Além disso, de acordo com moradores da região, as equipes de limpeza da prefeitura têm intensificado a lavagem das calçadas e retirado algumas barracas.
"Rua não é endereço, barraca não é lar. A gente tem vaga ociosa nos abrigos municipais", afirmou o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), sobre a decisão que derrubou liminar que impedia a remoção de barracas, também em abril.
Algumas organizações não governamentais (ONGs) e a Defensoria Pública de São Paulo chamaram a medida de higienista e acionaram o Supremo Tribunal Federal (STF) na tentativa de manter as barracas e retirar os gradis do centro da capital paulista.
Em nota, a prefeitura reitera que, com o término dos serviços de zeladoria, os gradis serão retirados. "Alguns locais recebem o cercamento com os gradis. Essa medida é necessária para as ações de zeladoria, protegendo os canteiros durante o plantio de grama ou nos serviços de limpeza do piso. Esses gradis serão removidos conforme as intervenções forem concluídas nesses locais", diz a administração da capital.
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