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USP
Presidente foi aplaudido a receber medalha e disse que Bolsonaro atacou a educação e a ciência| Foto: EFE/Isaac Fontana

O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), foi um dos homenageados no concerto da Orquestra Sinfônica da Universidade de São Paulo (Osusp) durante as comemorações pelos 90 anos da USP, celebrado na noite desta quinta-feira (25) com a presença de autoridades dos Três Poderes na Sala São Paulo.

O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) não participou do evento de 90 anos da USP e foi representado pelo ex-reitor da USP, Vahan Agopyan, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação no governo paulista.

Antes da apresentação da orquestra, o reitor Carlos Gilberto Carlotti Junior conduziu a entrega da Medalha Armando de Salles Oliveira, que de acordo com a universidade, é destinada às pessoas e instituições que contribuíram para a valorização e desenvolvimento da USP durante as nove décadas de história.

A medalha leva o nome do interventor federal no estado de São Paulo, que assinou o decreto de criação da instituição em 1934. Além do presidente Lula, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Dias Toffoli também recebeu a medalha, representando a instância máxima do Judiciário brasileiro.

Durante o discurso na Sala São Paulo, Lula afirmou que espera que o país tenha uma classe média, formada por meio da educação, que possa “morar, trabalhar e viver dignamente sem precisar assistir a quantidade de homens e mulheres que parecem zumbis”, em uma referência à cracolândia que fica próxima ao local do evento. “Está difícil encontrar uma solução [para o crack]. O [Fernando] Haddad encontrou uma solução mas ela desapareceu”, disse.

Ministro da Fazenda e ex-prefeito de São Paulo foi um dos integrantes do primeiro escalão do governo petista que participaram da festa. Além de Haddad, que é professor da USP, Lula também estava acompanhado do vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB) e de outros ministros, além da primeira-dama, Janja.

O presidente também parabenizou a USP por se tornar a “cara do Brasil” pela adesão ao sistema de cotas. “Uma cara que é preta, uma cara que é branca, parda e indígena. Não é mais a USP pensada para o que São Paulo pode oferecer ao Brasil. A inteligência necessária para governar o país. Mas é a cara do povo da periferia que durante muitas décadas nem sonhava em chegar na USP e, hoje, é mais da metade da universidade”, discursou Lula, que foi aplaudido pelos acadêmicos e participantes da comemoração.

O petista também disse que houve um tempo em que "quem governava o país não queria que o povo não tivesse acesso à educação" e afirmou que o governo Bolsonaro atacou a educação e a ciência. “Os últimos anos foram de ataques às universidades, à produção científica e à educação como um todo. Tempo de anti-ciência, de obscurantismo. Felizmente, esse tempo ficou no passado. O Brasil reúne hoje as vocações naturais, o conhecimento científico, a infraestrutura energética e a experiência produtiva para ser a grande potência sustentável do século 21.”

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