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Um homem de 42 anos foi preso na madrugada deste sábado (20), em São Vicente, na Baixada Santista, suspeito de envolvimento no assassinato do ex-delegado-geral da Polícia Civil do estado de São Paulo Ruy Ferraz Fontes, na última segunda-feira (15), em Praia Grande. A informação foi confirmada à Gazeta do Povo pela Secretaria de Segurança Pública (SSP). O ex-delegado ficou conhecido por ter sido um dos primeiros agentes de segurança a investigar a estrutura do Primeiro Comando da Capital (PCC).
De acordo com a pasta, o mandado de prisão temporária contra o suspeito havia sido expedido pela Justiça na tarde de sexta-feira (19). Ele é o terceiro suspeito preso pela polícia, que prendeu uma mulher e um homem na quinta-feira (18). Outros quatro suspeitos foram identificados e são procurados pela força-tarefa criada pelo governo de São Paulo após a execução do ex-delegado, entre eles o proprietário de uma residência em Praia Grande, que foi utilizada pelo grupo criminoso. Segundo a SSP, o dono da casa teve a prisão decretada neste sábado.
O secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite, afirmou que “não restam dúvidas” sobre o envolvimento do PCC na morte do ex-delegado Fontes, no litoral paulista. De acordo com as investigações, um dos suspeitos identificados é integrante da facção criminosa, com passagens por tráfico de drogas e roubo. “Nós conseguimos chegar [até a identificação] por meio de um exame pericial realizado em um dos veículos usados no crime”, disse Derrite aos jornalistas na quinta-feira.
Segundo as investigações do Departamento de Homicídios e de Proteção à Pessoa (DHPP), o outro homem preso teria solicitado à mulher que fosse até o litoral buscar um fuzil usado na ação. Câmeras de segurança registraram o momento em que Fontes colidiu o carro em um ônibus após perseguição dos criminosos, que deixaram o veículo usado no crime armados com fuzis para atirar contra o ex-delegado.
O suspeito também foi flagrado em posse do veículo usado pelos criminosos para perseguir o delegado aposentado, que posteriormente foi abandonado e incendiado. A mulher que buscou o fuzil na Baixada Santista usou um carro de aplicativo para ir até Praia Grande.
“Ela fala que recebeu a missão de buscar esse pacote, que na verdade sabemos que é o fuzil. Depois ela confessou isso. Deu algumas características do local, onde ela foi buscar esse pacote, inclusive características essas que estamos procurando na região dos fatos. Voltou para a residência dela, na região de Diadema, entregou para um indivíduo que também é investigado”, explicou o delegado-geral da Polícia Civil, Artur Dian.
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