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O secretário municipal de Relações Internacionais de São Paulo, Aldo Rebelo.
O secretário municipal de Relações Internacionais de São Paulo, Aldo Rebelo.| Foto: Wilson Dias/Agência Brasil

Em entrevista à Gazeta do Povo, o recém empossado secretário municipal de Relações Internacionais de São Paulo, Aldo Rebelo (Sem partido), criticou os posicionamentos recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre Israel, nos quais comparou o Holocausto à guerra contra o Hamas, o que provocou uma crise diplomática sem precedentes no Brasil.

Ex-militante comunista do PCdoB e do PSB, Rebelo compôs ministérios dos primeiros governos Lula e do governo Dilma Rousseff (PT) antes de ingressar no PDT, em abril de 2018. Agora está licenciado do partido que possui dois ministérios do governo Lula.

"O mundo contemporâneo está profundamente marcado por disputas e tensões geopolíticas, ameaças e conflitos como os que testemunhamos na Ucrânia, no estreito de Taiwan ou no Oriente Médio. Em todos eles, o Brasil deve buscar ser parte da solução e não do problema. Não acrescentaríamos nada ao problema que já está criado. A única contribuição necessária e razoável é para a solução do conflito e não para o seu agravamento. A nossa diplomacia é vocacionada para a mediação de conflitos e não para a sua ampliação", criticou Rebelo.

O secretário enfatizou a importância das comunidades de árabes-palestinos e de judeus para o Brasil, "presentes há séculos no esforço de construção de nossa pátria."

Em relação aos judeus, Rebelo lembrou que "o Brasil acolheu a primeira sinagoga das Américas, ainda no século XVII, na cidade do Recife, e desde então essa comunidade contribui ao Brasil nos domínios da ciência, da cultura, da política e da economia".

Já sobre os árabes-palestinos, ele afirmou que "a presença árabe no Brasil aqui chegou com a primeira caravela portuguesa, pois os árabes já estavam a 800 anos na península Ibérica". E lembrou ainda que o imperador Dom Pedro II liderou duas delegações ao mundo árabe: uma ao Egito e outra ao Líbano e a Síria, com mais de 200 integrantes e um apelo para que eles viessem para o Brasil. "Desde então eles estão aí nas artes, na política e na economia", disse.

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