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Sindicalistas e estudantes causam tumulto na votação da privatização da Sabesp.
Sindicalistas e estudantes causam tumulto na votação da privatização da Sabesp.| Foto: Lucas Saba/Gazeta do Povo

A aprovação do projeto que privatiza a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) - uma das maiores empresas do segmento do mundo - na noite desta quarta-feira (6) foi precedida de tumulto com manifestantes e necessidade de intervenção da Polícia Militar dentro da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp). A reportagem da Gazeta do Povo acompanhou e separou trechos de vídeos que mostram o que aconteceu no local. Veja os vídeos ao longo da reportagem abaixo.

Das galerias, manifestantes tentaram romper o parapeito de vidro que faz a separação para o plenário da Casa.

Os deputados estaduais aprovaram a privatização por 62 votos favoráveis e um contrário. Na primeira sessão extraordinária, manifestantes tentaram depredar a galeria da Alesp e foram para cima dos policiais militares antes mesmo de iniciar a votação.

O clima foi esquentando à medida que os parlamentares da oposição inflamavam os discursos, alguns inclusive com placas de sindicatos e puxando gritos contra o projeto de lei 1.501/2023.

O público presente tentou quebrar a barreira de separação e a Tropa de Choque da Polícia Militar invadiu o local, usou gás de pimenta para dispersão, houve pancadaria e três pessoas foram detidas. Do plenário, imagens também mostram um dos momentos de tensão.

Um tripé chegou a ser arremessado contra os policiais.

Dois policiais precisaram levar pontos na cabeça, além de outro ter tido o braço quebrado.

A galeria do plenário estava cheia de estudantes e sindicalistas contrários à privatização da Sabesp. Além de membros dos sindicatos dos Trabalhadores em Água, Esgoto e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (Sintaema) e dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), estavam presentes integrantes da União Popular e da União da Juventude Comunista (UJC). Carros de sons com manifestantes entoando gritos contra a privatização também marcaram presença na porta da Alesp.

Após esvaziamento do plenário, a sessão foi retomada, próxima das 20h15, sem presença do público nas galerias e sem deputados de partidos de esquerda em plenário. O carpete do plenário ficou marcado de vermelho. Logo depois, a Polícia Militar informou que apreendeu tinta nanquim na cor vermelha, que alguns manifestantes teriam passado nos próprios corpos para simular sangue nas imagens que estavam sendo registradas no local.

Por fim, o presidente da Alesp, deputado André do Prado (PL), agradeceu aos policiais militares presentes no local e alguns deputados da base puxaram uma salva de palmas para o trabalho da PM. O secretário da Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, parabenizou a corporação por garantir o processo democrático. ”A atuação da PM no tumulto causado por vândalos que tentaram destruir parte do plenário da Alesp foi essencial para a garantia da ordem. Nossas forças de segurança continuam atentas para que o processo democrático, que deve respeitar os limites do diálogo, seja cumprido”, afirmou Derrite em seu perfil no X.

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