Termina na próxima sexta-feira (2) a segunda etapa de vacinação contra a gripe A (H1N1). Nesta fase estão sendo imunizadas gestantes, portadores de doenças crônicas e crianças de 6 meses a 2 anos. Só em Curitiba foram vacinadas aproximadamente 75 mil pessoas entre o dia 22 e esta segunda-feira (29). Desde o início da campanha, dia 8 de março, quase 105 mil doses foram aplicadas na capital.
Na primeira etapa foram vacinados 30.643 profissionais da saúde e 128 indígenas. Nesta segunda etapa, a estimativa é imunizar 185 mil pessoas, segundo a enfermeira Raquel Farion, da Central de Vacinas da Secretaria Municipal de Saúde. Até agora, foram vacinados cerca de 40% deste total. "A maior dificuldade é a triagem das pessoas que podem ou não ser vacinadas", disse Raquel. A prefeitura informou que haverá um esquema diferenciado de vacinação na próxima quinta-feira (1º) e sexta-feira (2). Em razão do feriado da Paixão de Cristo, as unidades básicas estarão fechadas e as doses serão ofertadas somente nos centros municipais de urgências médicas, das 8h às 18h.
Na segunda-feira (5) começa a terceira fase da campanha. O período é dedicado aos jovens entre 20 e 29 anos, faixa etária que registrou o maior número de mortes pela nova gripe. Eles terão até o dia 23 para se imunizar em qualquer das unidades da rede municipal de saúde, no horário normal de funcionamento de cada uma delas. Em Curitiba moram 272.088 pessoas nessa faixa etária.
Em 10 de abril acontecerá um dia de mobilização. Nesta data serão montados postos de vacinação em shoppings e supermercados. Os locais ainda serão divulgados pela prefeitura. Para tomar a vacina, explica Raquel, é preciso apresentar o cartão de vacinação ou documento de identificação.
A lista de doenças crônicas inclui:
- obesidade grau 3 ou antiga obesidade mórbida (crianças, adolescentes e adultos);
- doenças respiratórias crônicas desde a infância (como fibrose cística, displasia broncopulmonar);
- asmáticos (formas graves);
- doença pulmonar obstrutiva crônica e outras doenças crônicas com insuficiência respiratória;
- doença neuromuscular com comprometimento da função respiratória (como distrofia neuromuscular);
- imunodeprimidos (como pacientes em tratamento para aids e câncer ou portadores de doenças que debilitam o sistema imunológico);
- diabetes mellitus;
- doença hepática (como atresia biliar, cirrose, hepatite crônica com alteração da função hepática e/ou terapêutica antiviral);
- doença renal (como insuficiência renal crônica, principalmente em pacientes com diálise);
- doença hematológica (hemoglobinopatias);
- pacientes menores de 18 anos com terapêutica contínua com salicilatos (como doença reumática auto-imune, doença de Kawasaki);
- portadores da Síndrome Clínica de Insuficiência Cardíaca;
- portadores de cardiopatia estrutural com repercussão clínica e/ou hemodinâmica (como hipertensão arterial pulmonar, valvulopatias, cardiopatia isquêmica com disfunção ventricular).
