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Pediatria

A vez do teste do coraçãozinho

Simples e indolor, exame detecta cardiopatias graves em recém-nascidos e deve ser feito antes da alta hospitalar

Um aparelho chamado oxímetro, conectado ao bebê, identifica doenças cardíacas graves. | Venilton Kuchler - SESA - AEN
Um aparelho chamado oxímetro, conectado ao bebê, identifica doenças cardíacas graves. (Foto: Venilton Kuchler - SESA - AEN)

Primeiro foi o teste do pezinho, exame feito a partir de sangue coletado do calcanhar do bebê, que permite identificar doenças graves, como o hipotireoidismo congênito, uma das causas mais frequentes de deficiência mental, além de doenças metabólicas e que afetam o sangue. Depois, os testes da orelhinha e do olhinho foram incorporados ao check list necessário para identificar precocemente doenças graves em recém-nascidos. O mais recente da lista é o teste do coraçãozinho – cujo nome científico é oximetria de pulso – que permite identificar precocemente se o bebê tem alguma doença grave no coração.

Dados Sociedade Brasileira de Pediatria mostram que cerca de 10 em cada mil recém-nascidos podem apresentar alguma malformação congênita e, entre esses, dois podem ter cardiopatias graves e precisar de intervenção médica urgente. O exame é realizado entre 24 e 48 horas depois do nascimento e é rápido e indolor. Um aparelho chamado oxímetro de pulso é colocado na mão direita e outro no pezinho do bebê e mede a oxigenação do sangue e os batimentos cardíacos e identifica doenças cardíacas graves. Caso a concentração de oxigênio no sangue seja inferior a 95%, o recém-nascido é encaminhado para avaliações mais detalhadas.

Prevenção

A pediatra Regina Vieira Cavalcanti da Silva, especialista em neonatalogia e pediatra do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), explica que o exame é importante para evitar que o bebê saia da maternidade sem saber se tem uma cardiopatia congênita. “Com o exame é possível detectar algumas doenças que podem causar problemas graves ou mesmo levar à morte. O diagnóstico e o tratamento ainda no começo da vida são fundamentais”, explica Regina.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde, o governo do estado investiu R$ 565 mil na aquisição dos oxímetros de pulso. Os 150 equipamentos foram distribuídos às maternidades da Rede Mãe Paranaense, que incorporaram o teste na rotina de exames do período pós-parto. No Paraná, o exame é regulamentado através de uma Lei Estadual de 2012.

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