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Secretaria Estadual da Saúde criticou a medida adotada por Cascavel

A partir desta quarta-feira (12), parte dos estabelecimentos comerciais de Cascavel não abrirá as portas. O Comitê de Enfrentamento ao vírus da Influenza A (H1N1) determinou que locais fechados que reúnem várias pessoas não poderão funcionar até segunda-feira (17). Nessa data, o Comitê voltará a se reunir para avaliar se há necessidade de prorrogar o fechamento, que atinge shoppings, escolas, igrejas e casas de show.

A Vigilância Sanitária ficará encarregada de fazer a fiscalização. Os proprietários que não acatarem a decisão serão acionados pelo Ministério Público. Serviços essenciais, como transporte público, hospitais e mercados, e estabelecimentos com boa circulação de ar continuarão funcionando normalmente.

Em Cascavel, houve nove mortes por suspeita do vírus H1N1. A Secretaria Municipal de Saúde já havia recomendado desde 1º de agosto que se evitassem aglomerações, mas nesta terça-feira (11), com a decisão do Comitê, a paralisação de alguns estabelecimentos deixa de ser facultativo. O secretário municipal de saúde, Ildemar Canto, enfatiza que não há necessidade de estado de emergência e nem de uma medida maior de precaução. Segundo ele, a determinação da autoridade sanitária foi tomada apenas para que assegurar que as recomendações anteriores fossem respeitadas.

O Comitê de Enfrentamento ao Influenza A (H1N1) foi criado em Cascavel no último sábado com o objetivo de centralizar informações sobre o vírus H1N1 e discutir medidas de prevenção e tratamento. Participam do grupo a Secretaria Municipal de Saúde, o Ministério Público, o Conselho Regional de Medicina, a Associação Médica de Cascavel, a Defesa Civil, o Conselho Municipal de Saúde, o Comitê de Urgência e Emergência e a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste).

Os integrantes se reunirão toda segunda-feira para avaliar a eficácia das medidas adotadas e a necessidade de adotar outras ações.

Sesa critica decisão

A Secretaria Estadual da Saúde (Sesa) não concordou com a medida adotada por Cascavel. O secretário estadual de Saúde, Gilberto Martin, fez críticas ao procedimento. "Isso é uma decisão que tem que ser tomada baseada em argumentos técnicos consistentes. Eu tenho certeza absoluta que não há isso em relação a Cascavel. É uma medida equivocada e precipitada. Não há necessidade deste tipo de decisão", criticou Martin.

Pelo estado

Outras prefeituras do interior do estado já tomaram medidas preventivas contra a gripe A H1N1. As cidades de Ponta Grossa, Foz de Iguaçu e Pato Branco, Colorado e Irati anunciaram na sexta-feira (07) providências para impedir aglomerações públicas. O prefeito de Andirá, na região Norte do Paraná, José Ronaldo Xavier (PTB), decretou, na tarde da quinta-feira (6), situação de emergência em razão da gripe A. O município, de 22 mil habitantes, tem dois casos confirmados laboratorialmente e quatro confirmados pelo protocolo do Ministério da Saúde (MS).

Em Maringá uma reunião do Comitê de Mobilização e Ação Contra a Gripe A realizada na prefeitura, nesta terça-feira (11), decidiu que as aulas das escolas municipais vão ser suspensas por causa da gripe A. A paralisação ocorre a partir desta quarta-feira (12) e vai até sexta (14), quando mais uma reunião deve ser feita para avaliar a decisão. Já as creches vão continuar recebendo as crianças.

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