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Cerca de 5 mil pessoas participaram na manhã desta quarta-feira (29) em Borborema (a 377 km de São Paulo) do enterro dos corpos de dez das 11 vítimas do acidente com o ônibus de excursão escolar ocorrido na noite de segunda-feira (27), em Ibitinga (a 347 km de São Paulo).

As cerimônias estavam previstas para acontecer ao longo do dia, mas foram antecipadas a pedido das famílias. Os sepultamentos começaram uma hora mais cedo, por volta das 8 horas, e feitas de duas em em duas. O cemitério municipal recebeu reforço de quatro coveiros. Em dias normais, são dois.

Todos os corpos foram recebidos na entrada do cemitério sob aplausos. Colegas, familiares e moradores acompanhavam os caixões até os túmulos. O corpo da professora de português Roseneide Aparecida Casetta Montera foi enterrado na terça (28) à noite, em Itápolis (a 353 km de São Paulo).

Os primeiros corpos a serem enterrados foram os das professoras Márcia Martins Carvalho Biasotto, também diretora municipal de Cultura, e Margarete Aparecida Lucas dos Santos, que lecionava matemática. Meia hora depois foram enterrados os corpos dos alunos Angelo Mateus Geraldo e Gabriela Cristina da Silva Rodrigues.

O som que se ouvia no cemitério era de parentes inconformados com as mortes, gritos e choro. "Por que, meu Deus? Por que?", gritava uma das mães, que foi socorrida por uma das equipes médicas que estavam no cemitério para atender quem passava mal.

Entre ontem e hoje, ao menos 170 pessoas foram atendidas -150 no velório, que ocorreu no ginásio municipal, e 20 no cemitério- pelas equipes médicas, segundo balanço da prefeitura.

Segundo o farmacêutico Rodrigo Turatti, funcionário da prefeitura, seis ambulâncias estavam à disposição para realizar os atendimentos. Algumas pessoas tiveram que ser encaminhadas para o pronto-socorro local. A maioria, por queda de pressão.

Além de funcionários da saúde municipal -enfermeiros, técnicos em enfermagem e farmacêuticos-, homens do Corpo de Bombeiros também auxiliaram no atendimento.

Sirene

Durante a manhã desta quarta, a cidade foi tomada por uma imensa tristeza. Sempre que se ouvia as sirenes do carro da polícia, os presentes sabiam que mais dois corpos estavam chegando ao cemitério.

Depois de Angelo e Gabriela, foram enterrados os corpos de Nicanor de Freitas Junior, que era aluno, e da professora Marisa Aparecida Mansano dos Santos, diretora da escola municipal de ensino infantil e fundamental "Professora Ana Rosa".

Meia hora depois chegaram para serem sepultados os corpos de Taina Brenda Ferreira e Thayro Matheus da Silva Polimeno, ambos, alunos.

"Ele era uma ótima pessoa. Não tinha inimigos, sempre de bem com a vida. Sonhava em ser professor de educação física. Que tragédia", disse o primo de Thayro, o vendedor Willian Rodolfo da Silva, 28, que acompanhava o enterro do parente.

Em meio aos enterros, que ocorreu em diversas partes do cemitério, ouviam-se canções, orações, discursos e muitos aplausos.

Por último, foram sepultados os corpos dos alunos Felipe Gonçalves Rossi e José Vinicius Francisco Anzolin.

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