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Cuidados com a gripe suína devem continuar

O apelo para o combate à dengue não exime a população de manter os cuidados em relação à gripe A (H1N1), mesmo no período mais quente do ano, quando os casos de influenza caem, reforça o secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin.

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Lacen faz estudo do vírus H1N1

O Laboratório Central do Estado (Lacen) está fazendo o sequenciamento genético do vírus H1N1. O primeiro passo, explica o diretor do Lacen, Mar­celo Pilonetto, é isolar o vírus, o que deve ser feito nas duas próximas semanas. Depois começa o sequenciamento.

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O secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin, pediu ontem à população que a mesma mobilização feita para combater a gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, seja mantida no combate à dengue. Os casos da doença devem começar a surgir nos meses mais quentes do ano, entre dezembro e fevereiro. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, existe a perspectiva de que haja uma epidemia de dengue hemorrágica no Paraná em 2010.

"Queremos que as pessoas tenham a mesma atenção com a dengue que tiveram com a gripe. O enfrentamento tem ações do poder público, mas também precisamos muito da responsabilidade de cada cidadão", solicita o secretário, referindo-se à importância de se evitar ambientes que acumulem água, ideais para a procriação do mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegytpi. "Um exemplo disso é o álcool gel. O produto foi muito útil na prevenção à gripe A (H1N1), mas se as pessoas descartarem os frascos e as tampinhas de forma errada, eles podem servir de abrigo para o mosquito", diz.

Martin informa que em 2009 três vírus diferentes de dengue foram constatados no estado. Nenhum óbito foi registrado – os dois últimos foram em 2008. Entretanto, explica o secretário, o fato de os três vírus estarem circulando ao mesmo tempo neste ano pode trazer consequências para 2010. "Quando tivemos os três vírus registrados, na sequência veio a epidemia, como em 2003 e 2006, que foram resultado da circulação concomitante dos três vírus em 2002. Portanto, há probabilidade de epidemia de dengue hemorrágica", aponta.

O secretário explica que o fato de a população ter sido infectada por uma variedade maior de vírus aumenta o risco. Principalmente para quem já contraiu a doença. Ao se curar, o paciente fica imune ao vírus que o atacou. Em compensação, se for infectado por outro tipo de vírus da dengue, o organismo tem uma reação imunológica muito forte, que aumenta o risco de hemorragias. "Esse sangramento pode ser desde uma simples hemorragia na gengiva até hemorragia interna abdominal grave, que evolui muito rapidamente e pode levar à morte", diz o secretário.

Combate

O primeiro passo para o combate foi dado. Além da compra de equipamentos, o Comitê Estadual de Dengue está acionando os comitês regionais para que comece a mobilizar a população. Será feita campanha informativa sobre a importância de se eliminar qualquer recipiente ou superfície que acumule água. "O combate ao mosquito deve ser intenso. Até porque para a gripe já estamos produzindo a vacina, mas para dengue não existe vacina. A prevenção depende só das nossas próprias ações."

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