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Embora não tenha cura, o diabetes pode ser tratado e controlado | Bigstock
Embora não tenha cura, o diabetes pode ser tratado e controlado| Foto: Bigstock

Serviço

Confira a programação para o Dia Mundial do Diabetes em Curitiba:

• Dia 11: palestra do laboratório Lily sobre "Mitos e Verdades Sobre o Diabetes". Na sede da Apad (Av. Iguaçu, 4.263)

• Dia 13: avaliação gratuita de glicêmica com exame "da ponta do dedo". Das 10 às 16 horas na Boca Maldita (Av. Luiz Xavier, s/nº)

• Dia 14: teste de fundo de olho, na Praça Nossa Senhora de Salete, das 9 às 16 horas, no Centro Cívico.

• Dia 15: "Trem da Saúde", com orientação de nutricionistas, psicólogos, médicos e profissionais de educação física. No Hospital da Cruz Vermelha (Av. Vicente Machado, 1.280).

• Dia 18: mil testes de insulina em Paranaguá, na Praça Central.

• Dia 19: palestra sobre os cuidados com o "pé diabético", na sede da Apad.

• Dia 20: palestra sobre equilíbrio vascular, com profissionais de fisioterapia. Na sede da Apad.

• Dia 25: palestra sobre contagem de carboidratos. Na sede da Apad.

Saiba mais

A diabetes melito é uma doença em que o corpo têm produção insuficiente de insulina, hormônio responsável por distribuir a glicose (açúcar) presente na corrente sanguínea para as células. A insuficiência leva ao acúmulo de açúcar nas paredes dos vasos sanguíneos, dificultando a chegada de oxigênio aos tecidos, o que pode levar à falência dos mesmos:

Tipo 1: autoimune, em que o próprio organismo destrói células do pâncreas por interpretá-las como estranhas ao corpo. Costuma surgir na infância e adolescência. É necessário aplicar injeções diárias de insulina, pois o corpo não produz o hormônio.

Tipo 2: mais comum. Neste caso, o pâncreas produz insulina em quantidade insuficiente, ou o corpo não consegue absorvê-la adequadamente. Mais comum em adultos, é agravada com maus hábitos alimentares, excesso de peso, sedentarismo, tabagismo e alcoolismo.

A cada dez pessoas que possuem algum tipo de diabetes no Brasil, oito não fazem ideia de que a doença pode atingir os olhos e causar até cegueira. Para conscientizar a população sobre os riscos, exames de fundo de olho serão ofertados de forma gratuita durante o Dia Mundial do Diabetes, que ocorre na próxima sexta-feira, 14 de novembro, como parte do Novembro Azul. Em Curitiba, o serviço será oferecido na Praça Nossa Senhora de Salete, no Centro Cívico.

O objetivo é alertar sobre as complicações da doença antes que o paciente comece a per­der a visão, afinal não há o costume de se fazer preventi­vos para diabetes nos olhos, con­forme explica o oftalmologis­ta Cristiano Espinhosa, do Cen­tro Paranaense de Oftal­mo­logia. Especialista em retinopatia diabética, doença causada por problemas vasculares na área da retina, o médico diz que a maioria dos pacien­tes só busca atendimento quando começa a perder a visão.

No exame, os olhos são dilatados por meio da aplicação de um colírio. O médico então aponta uma luz e observa como está a circulação no local. O diabetes pode acarretar no entupimento de vasos sanguíneos, o que leva o organismo a criar um "neovaso" para transporte de oxigênio. Por ser frágil, este caminho alternativo pode se romper ou entupir, causando uma hemorragia e, em casos extremos, o descolamento da retina. "O ideal é queimar a laser esta região do fundo do olho para o organismo não enviar estímulo de criação de novos vasos", explica Espinhosa. Mesmo em casos extremos é possível realizar um procedimento cirúrgico de limpeza dos vasinhos, reposicionamento da retina e aplicação de laser para que os vasos alterados não se proliferem.

Preventivo

Espinhosa alerta que a incidência da retinopatia é alta em pacientes que têm de cinco a dez anos de diabetes. Acima de 15 anos, a probabilidade sobe para 95%. A recomendação é fazer anualmente o exame de fundo de olho. Quem está em uma fase mais moderada da doença deve aumentar a periodicidade para seis meses.

O cuidado com a alimentação e a forma física também são fundamentais no combate à doença. O sedentarismo, o estresse e a alimentação inadequada são os principais fatores de agravamento. "Antigamente, o diabetes era hereditário. Hoje, não escolhe idade nem sexo. É [como] uma pandemia", alerta Maria Izabel Martins, presidente da Associação Paranaense do Diabético Juvenil.

Embora não tenha cura, o diabetes pode ser tratado e controlado, em especial quando o diagnóstico é feito no início da doença. O tipo 2 pode ser evitado com a prática de exercício físico e com uma dieta que evite gordura, sal, açúcar e outros alimentos nocivos.

Insulina

A insulina tem efeitos sobre o metabolismo de carboidratos, gorduras e proteínas. É ela que retira a glicose do sangue e manda para as células do corpo. Na falta de insulina, as células usam quantidades grandes de gorduras, debilitando o organismo, o que pode levar até ao coma. No diabetes tipo 1, é preciso injetar a insulina diariamente.

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