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 | Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo
| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Pilates, ioga, hidroginástica e otimismo – esses são os remédios de Maria Angélica Ortiz Soares Beux, além dos comprimidos que toma diariamente e da pulsoterapia. Tudo para manter sob controle a esclerodermia sistêmica limitada, uma doença autoimune que ataca a pele e os órgãos internos. Maria Angélica, de 53 anos, descobriu a doença depois de uma maratona por consultórios médicos – dermatologista, reumatologista, endocrinologista, clínico geral. "Alguns sintomas, como inchaço, fibrose e úlceras nas mãos, além de pequenas manchas vermelhas no rosto, começaram a aparecer em 1998, mas tive dificuldade em aceitar a doença de imediato", conta.

Depois de começado o tratamento, foram algumas tentativas até que ela encontrasse a combinação que mais funcionasse. Além das dificuldades com as mãos – para cortar alimentos e segurar objetos, por exemplo – a doença causa outras condições como pericardite e fibrose pulmonar, que Maria Angélica já teve. Ela, que trabalhou como bancária e auxiliar administrativo, teve que parar de trabalhar por conta da esclerodermia. "Hoje tomo alguns comprimidos para pressão, circulação e outros, e faço mensalmente pulsoterapia, que é como um soro com medicamentos, e estou bem", explica. Além disso, faz fisioterapia, exercícios de alongamento e respiração, pilates, ioga e, quando o clima não está muito frio, hidroginástica. Desde que começou a prática de esportes, diz se sentir mais disposta.

"Em 2008, alguns médicos me desenganaram. Passei por mo­­mentos difíceis até encontrar profissionais que me tratassem como ser humano, não apenas como portadora dessa doença incurável", diz, explicando que necessita de acompanhamento médico constante – ela tem consultas a cada 60 dias. Mas não é só das conversas com o médico que Maria Angélica tira as informações sobre a doença – ela está sempre pesquisando na internet e lendo sobre o assunto para se manter atualizada. "Tive que fazer uma escolha e pensei: ‘ou fico sentada esperando a morte chegar, como disse o Raul Seixas, ou vou à luta?".

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