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Após um câncer, Wlad Provessi mudou seu envolvimento com o trabalho no Hospital Pequeno Príncipe | Antonio More/ Gazeta do Povo
Após um câncer, Wlad Provessi mudou seu envolvimento com o trabalho no Hospital Pequeno Príncipe| Foto: Antonio More/ Gazeta do Povo

Bê-a-bá

Entenda quais são as etapas pelas quais passam pacientes com câncer de mama:

Esvaziamento

Quando o câncer de mama começa a se disseminar pelo sistema linfático, o primeiro lugar atingido é a axila. O esvaziamento gangliar da axila consiste na remoção dos linfonodos do local, o que exige alguns cuidados. Existem diver complicações e há 30% de chance de ocorrer inchaço (linfedema) no braço.

Tratamento

O câncer de mama tem dois tipos de tratamento: local e sistêmico. No local, a cirurgia é feita apenas para a remoção do tumor e é seguida por sessões de radioterapia para que o câncer não reincida. O tratamento sistêmico consiste na quimioterapia e também pode recorrer à hormonoterapia.

Tempo

A duração do tratamento varia de acordo com o tamanho do tumor e o estágio da doença, entre outros fatores. Geralmente, a quimioterapia dura de 60 a 90 dias, a radioterapia leva de 35 a 40 dias e a hormonoterapia dura 5 anos.

Fonte: Sérgio Hatschbach, diretor-geral do Instituto de Oncologia do Paraná.

Quando a auxiliar de enfermagem Wladyslawa Provessi, 62 anos, quis voltar ao trabalho depois de vencer a batalha contra um câncer de mama, médicos e colegas perguntaram: "Você tem certeza?". Wlad, como é chamada, estava certa de que deveria voltar para o lado das crianças do setor de Hemato-oncologia do Hospital Pequeno Príncipe (HPP).

Depois de um ano afastada, ela voltou ao trabalho no dia 7 de fevereiro. O retorno foi emocionante para Wlad e aos colegas. "Esse setor é a minha vida", conta. Nos últimos 22 anos, ela tem se dedicado exclusivamente ao setor de Hemato-oncologia, onde crianças fazem tratamento contra doenças sanguíneas e alguns tipos de câncer.

Wlad conta que descobriu o câncer em exames de rotina. "Quando fui fazer a mamografia, a moça pediu para eu esperar. Eu ia ter de refazer o exame. Já soube que tinha algo errado", conta. Logo depois, Wlad seguiu para a ecografia. Lá, a médica lhe disse que seria preciso fazer uma biópsia. "Eu fiquei sem chão", lembra.

Depois da consulta com uma oncologista, Wlad passou por duas cirurgias – uma para a retirada do tumor e a outra de esvaziamento axilar – e enfrentou o que ela considera a pior parte: o tratamento. "A quimioterapia foi a parte mais triste. Eu fiquei muito mal. Minha família inteira pensou que eu ia morrer", conta. Depois de também passar por sessões de radioterapia, ela teve boas notícias. "A médica disse que meus exames eram nota 10 e que era uma vitória para ela e para mim", conta.

Trabalho

Sabendo pelo que as crianças internadas no setor de Hemato-oncologia passam durante o tratamento, Wlad diz que estava ciente das dificuldades por que passaria. Quando voltou ao hospital, ela decidiu que iria se dedicar mais às crianças e aos pais delas, pois agora sabe quais são as piores fases da doença e do tratamento e a necessidade de apoio. "Quando os pais vêm dizer que a criança está chorando, eu digo que sei como é, que chorei muito também." Ela diz que sua forma de trabalhar mudou e que se tornou uma pessoa diferente depois da doença.

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