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O uso de temperos e ervas frescas é artifício recomendado por nutricionistas para diminuir a quantidade de sal nas receitas | Antonio Costa/Gazeta do Povo
O uso de temperos e ervas frescas é artifício recomendado por nutricionistas para diminuir a quantidade de sal nas receitas| Foto: Antonio Costa/Gazeta do Povo

Fique de olho!

Confira a quantidade de sódio presente em 100 g desses alimentos

- Macarrão instântaneo – 1,5 g

- Azeitona – 2,1 g

- Caldo de carne em tablete – 22,2 g

- Queijo parmesão – 1,8 g

- Batata-frita de pacote – 0,6 g

- Molho shoyu (100 ml) – 5 g

Fonte: Tabela Brasileira de Composição dos Alimentos/ Universidade Estadual de Campinas.

Dicas

Associado a uma série de problemas, entre eles a hipertensão, o excesso de sal é um perigo para a saúde. Diminua a quantidade do nutriente no dia-a-dia:

- Retire o saleiro da mesa.

- Controle a adição de sal durante o cozimento.

- Prefira sempre os alimentos frescos.

- Na cozinha, substitua o sal por temperos e ervas frescas ou secas, como alho, cebola, salsa, cebolinha, alho porro, manjericão, cominho, orégano, louro, alecrim, açafrão, curry e pimenta vermelha fresca.

- Evite os temperos prontos, normalmente têm muito sódio.

- Tempere a salada com azeite de oliva, limão, vinagre, vinagre balsâmico e ervas.

- Evite sopas prontas e embutidos, conservas salgadas, salgadinhos, frios salgados e queijos gordos.

- Leia nos rótulos a informação nutricional dos alimentos e escolha as versões pobres em sódio.

- Prefira adoçantes sem sódio, como stevia, sucralose, frutose, acesulfame K e aspartame. O ciclamato monossódico e a sacarina monossódica, adoçantes mais comuns, têm sódio.

Fontes: Graziela Beduschi, nutricionista e professora da Faculdade Evangélica do Paraná (FEPAR); Paulo Bezerra, médico cardiologista do Hospital Santa Cruz.

Elemento indispensável para o controle das funções vitais, o sal é um dos maiores vilões da saúde. "Se consumido em excesso, pode desencadear uma série de doenças, como a hipertensão e cálculos renais, além de ser um fator de risco para os acidentes cardiovasculares", alerta Paulo Bezerra, médico cardiologista do Hospital Santa Cruz, de Curitiba. Ele afirma que uma pessoa saudável deve ingerir diariamente cinco gramas de sal – uma colher (chá) rasa – no máximo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o consumo médio do nutriente no Brasil é de 10 a 12 gramas por dia.

Maraci Mendes de Almeida, coordenadora do curso de Engenharia de Alimentos da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), explica que o excesso não se dá somente no sal colocado na batatinha frita ou no tempero da salada. "Os grandes vilões são os alimentos processados. Todos eles, até mesmo os doces, contém sal na forma do seu princípio ativo, o sódio", diz. O elemento, que corresponde a 40% do sal, é muito utilizado pela indústria como conservante e para dar o sabor aos alimentos. A discussão já chegou ao Ministério da Saúde, que estuda a possibilidade de limitar a quantidade do sódio na composição desses produtos.

Nas prateleiras

Para fugir do excesso de sal, a dica da engenheira de alimentos da UEPG é prestar atenção no rótulo dos alimentos. "Assim como já virou um hábito para muitos checar as calorias e o colesterol, é importante também conferir a quantidade de sódio na composição dos produtos", observa. Diante da prateleiras, Maraci recomenda as versões pobres em sódio. Na lista dos produtos mais perigosos estão os salgadinhos de pacote, os alimentos em conserva, as sopas prontas, molhos para salada, macarrão instantâneo, temperos em cubinhos, embutidos – salame, salsicha e linguiça – e farofa temperada. Os produtos light também merecem destaque. "O ciclamato monossódico e a sacarina monossódica, presente nos adoçantes mais comuns, contém muito só-dio", explica Graziela Beduschi, nutricionista e professora da Faculdade Evangélica do Paraná (Fepar).

Na cozinha

Embora não exista um substituto para salgar as comidas, o sal pode ser trocado, nas receitas, por condimentos que acentuem o sabor dos alimentos. Graziela sugere o uso de temperos e ervas frescas, como alho, cebola, cebolinha, alho-porro e pimenta vermelha fresca. "Aos poucos é possível diminuir o sal e aumentar a quantidade dos condimentos. O paladar sofre adaptações com o tempo e as pessoas vão aprendendo a gostar do real sabor dos alimentos", diz. Nas saladas, a dica é substituir o sal pelo azeite de oliva, vinagre balsâmico e limão. Nos sanduíches, os frios e embutidos podem ser trocados por carnes frescas, frango desfiado e ovo. "Em vez de mostarda, ketchup e maionese, é melhor optar por vegetais ou substituir por molhos à base de iogurte", afirma Graziela. Nas comidas enlatadas – a exemplo do milho, ervilha e palmito em conserva –, a nutricionista ensina a remover o excesso de sal. "Deixá-los de molho em água fresca por uma hora pode ajudar", diz.

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