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| Foto: Ivonaldo Alexandre/Gazeta do Povo

Entre na água e faça esportes

Não apenas durante o verão, mas durante o ano todo, meninas que praticam esportes e natação não precisam deixar de lado suas atividades. "Se bem colocado, o absorvente interno não causa incômodo e protege adequadamente", diz Marta Rehme, doutora em ginecologia e professora da Universidade Federal do Paraná.

Cuidados com o uso

"É bom não usar o absorvente por muito tempo, pois ele estagna as secreções", explica o médico Rosires de Andrade, membro da Sociedade de Ginecologia e Obstetrícia do Paraná, e professor de reprodução humana da UFPR.

O recomendado é não ficar mais do que oito horas com absorvente nem passar de quatro horas com o mesmo. Caso contrário, fungos e bactérias podem proliferar.

"Não se pode dormir com ele e muito menos deixar de trocá-lo", ressalta a ginecologista Marta.

Escolha

O tamanho do absorvente deve ser definido de acordo com a intensidade do fluxo menstrual. Existe uma variedade de modelos que se adaptam a diferentes intensidades, do leve ao intenso.

O melhor é optar pelo tamanho mínimo necessário e que não cause desconforto, especialmente para quem ainda está iniciando o uso. Outra possibilidade é escolher a opção com ou sem aplicador descartável – a mulher deve escolher o modelo que julgue mais confortável. Atualmente, três marcas se destacam no mercado brasileiro, em diferentes versões: Intimus, O.B. e Tampax.

Mitos

Uma preocupação recorrente é de que o absorvente possa "se perder" dentro do corpo. Não existe perigo já que a abertura do útero é muito pequena para que ele a atravesse. Outra é sobre o uso quando se é virgem. Como o hímen é elástico e há uma abertura natural por onde passa o fluxo, não há impedimento para a maioria das mulheres.

Ainda assim, é bom consultar um ginecologista antes de iniciar o uso. Outra preocupação desnecessária é que o fio do absorvente se rompa: "Ele é muito resistente, mas mesmo que isso ocorra, não entre em pânico. É só procurar o médico", diz Marta.

Síndrome do Choque Tóxico

Um dos problemas associados ao uso do absorvente interno é a Síndrome do Choque Tóxico, uma doença rara, mas que pode ser fatal. Embora atinja também homens e crianças, apenas metade dos casos ocorre com mulheres menstruadas e é associada ao uso do absorvente interno. Seus sintomas são febre repentina, vômito, diarreia, dor de cabeça, tontura, desmaio, dores musculares e ardor da pele. "Mantendo o cuidado com a higiene, não deve haver problema", explica a ginecologista. O ideal a se fazer no caso de suspeita é interromper o uso e procurar um médico.

Riscos

Algum tempo atrás, circularam rumores de que na composição dos absorventes seriam utilizados elementos, como o asbesto e a dioxina, que teriam o objetivo de aumentar o sangramento e, em consequência, as vendas dos absorventes. As indústrias farmacêuticas negam que esses elementos façam parte da composição de seus produtos. Entre os médicos entrevistados não houve qualquer tipo de reclamação de pacientes sobre a questão

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