Na próxima terça-feira (12 ), o Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) não deverá realizar novamente as consultas e cirurgias eletivas (sem urgência). Um novo protesto dos cerca de 400 médicos da instituição irá paralisar parte dos serviços em protesto a Medida Provisória (MP) 568/12, que reduz pela metade o salário da categoria. A paralisação foi decidida em uma assembleia na manhã desta quarta-feira (6) para acompanhar uma manifestação nacional no dia 12.
O HC deve atender normalmente as pessoas que estão internadas, além dos casos de urgência e emergência. O atendimento ao público, porém, deve ficar ainda mais complicado na próxima semana porque está previsto o início da greve de técnicos e servidores do HC por conta também da questão salarial. A expectativa é que a paralisação dessa categoria comece na segunda-feira (11).
O protesto dos médicos é uma continuação da paralisação do atendimento da semana anterior. Cerca de quatro mil procedimentos eletivos (sem gravidade) que deixaram de ser realizados nos quatro dias de greve dos médicos nesta semana.
No dia 12, uma nova assembleia deve ser realizada pelos médicos e, em seguida, eles fazem uma passeata do HC até a frente do prédio histórico da UFPR, na praça Santos Andrade. Os médicos devem usar roupas pretas e utilizar um carro de som para explicar os motivos da paralisação.
"Fomos à Brasília e sentimos uma certa indecisão e falta de conhecimento por parte dos líderes do governo. Temos essas promessas de tirar os textos (que reduzem os salários), mas quando? Daqui a um mês, dois meses, um ano?", reclamou Eduardo Ferreira Lourenço, relator da Comissão dos Médicos do HC Contrários à MP 568/12. "Após os debates, os colegas decidiram continuar a mobilização e paralisação no dia 12 de junho, quando irá acontecer um protesto nacional", falou Mário Antonio Ferrari, presidente do Sindicato dos Médicos no Paraná (Simepar).



