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O Ministério da Saúde divulgou nesta terça-feira (4) uma nota em resposta à matéria "Governo admite erro no combate à gripe" publicada no jornal O Estado de S. Paulo. De acordo com o órgão, a estratégia de combate à influenza A H1N1 do governo segue as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

Para o Ministério, as mortes ocorridas no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina este ano em decorrência da doença foram causadas pelo acesso tardio das vítimas à medicação e não por falhas no foco da campanha de vacinação do órgão. Por isso, segundo a nota, "não faz sentido a discussão em torno do uso da vacina em outros grupos além dos já contemplados pela campanha do Ministério da Saúde".

>>> Leia a íntegra da nota:

"O Ministério da Saúde esclarece que o Secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, não apontou falhas nas ações de enfrentamento à influenza A H1N1 desenvolvidas no Brasil em 2012. A estratégia do MS está corretamente baseada nas evidências científicas disponíveis e de acordo com as recomendações da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Na entrevista ao jornal Estado de S. Paulo, o secretário reiterou que o foco da política do Ministério da Saúde é a ampliação do acesso oportuno ao oseltamivir, cujo nome comercial é Tamiflu, a exemplo da experiência adotada pelo Chile durante a pandemia da doença em 2009. Estudos científicos mostram que o Chile registrou uma das menores taxas de mortalidade na pandemia de 2009 exatamente por ter prescrito o oseltamivir imediatamente após os primeiros sintomas da doença. Para o secretário, não faz sentido a discussão em torno do uso da vacina em outros grupos além dos já contemplados pela campanha do Ministério da Saúde quando estudos apontaram que a grande maioria dos óbitos ocorridos no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina neste ano foi causada pelo acesso tardio ao oseltamivir, ao contrário do protocolo de tratamento estabelecido pelo Ministério da Saúde. Desde 2011, o Ministério da Saúde recomenda a prescrição imediata do medicamento para as pessoas com síndrome gripal integrantes de grupos vulneráveis como gestantes, idosos, portadores de doenças crônicas, obesos e crianças menores de dois anos. Nas regiões em que há circulação comprovada do vírus H1N1, todos os pacientes devem receber o oseltamivir imediatamente, sem aguardar resultados de exames de laboratório ou sinais de agravamento. O Brasil já vacina todos os grupos recomendados pela Organização Mundial da Saúde por serem os de maior vulnerabilidade para desenvolver complicações relacionadas à gripe e que podem, inclusive, evoluir para óbito. São eles: idosos a partir dos 60 anos, crianças entre seis meses e menores de dois anos, gestantes em qualquer fase da gravidez, portadores de doenças crônicas, povos indígenas e trabalhadores de saúde envolvidos na atenção a pessoas com gripe."

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