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Ao anunciar que recorrerá da decisão, o Ministério da Saúde argumenta que a contenção da pandemia pela vacinação em massa contra a influenza A (H1N1), a gripe suína, não é mais possível, porque o vírus já está presente em pelo menos 213 países e territórios. Se­­gun­do a pasta, não há vacina em quantidade suficiente para atender a toda a população do mundo. Além disso, os laboratórios têm capacidade de produção limitada para entregar o produto antes do início do inverno no Hemisfério Sul, daí a necessidade de estabelecer grupos prioritários.

Os quatro grupos definidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS) são gestantes, doentes crônicos, indígenas e trabalhadores de serviços de saúde envolvidos no atendimento direto aos pacientes com suspeita da nova gripe. Além desses, o Brasil incluiu na campanha crianças a partir de 6 meses até 2 anos e jovens adultos, nas faixas de 20 a 29 e de 30 a 39 anos.

No Brasil, os grupos foram estabelecidos com base na observação da primeira onda da pandemia no Brasil, em 2009. Dos 2.051 pacientes que morreram no ano passado, 1.539 (75%) tinham doenças crônicas. As grávidas tiveram mortalidade 50% maior que a registrada na população geral, com 189 mortes. Jovens de 20 a 29 anos foram 20% dos mortos (416). Na faixa de 30 a 39 anos ocorreram 22% das mortes (454). Entre as crianças menores de 2 anos foi registrada a maior taxa de incidência da doença: 154 casos para cada 100 mil habitantes.

O Ministério da Saúde informa que a estratégia foi referendada em fevereiro, em reunião com 15 parceiros. Entre ele estão: Conselho Nacional de Secretários Estaduais de Saúde, Conselho Nacional de Secre­tários Municipais de Saúde, Conselho Federal de Medicina, Associação Médica Brasileira, Associação Brasileira de Enfer­magem, Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, Sociedade Bra­sileira de Cardiologia, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Sociedade Bra­sileira de Imunização, Socie­dade Brasileira de Infectologia, Sociedade Brasileira de Me­­di­cina da Família e Comunidade, Sociedade Brasileira de Pedia­tria e Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia.

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