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Ivanyra Haviaras: exercícios e cuidados com a alimentação | Antônio Costa/Gazeta do Povo
Ivanyra Haviaras: exercícios e cuidados com a alimentação| Foto: Antônio Costa/Gazeta do Povo

Hipertensão descoberta em consulta de rotina

Aos 54 anos, a secretária Ivanyra Haviaras toma diariamente o medicamento para controlar a hipertensão. A doença foi diagnosticada há 10 anos, graças a uma consulta de rotina. "Desde jovem, sempre tive o hábito de ir ao ginecologista a cada seis meses para fazer os exames preventivos. Em uma consulta minha médica percebeu que minha pressão estava alta e me encaminhou para um cardiologista", lembra.

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Mulheres pobres fazem menos exames

O levantamento também mostrou que de 2003 para 2008 cresceu o número de mulheres que já haviam feito exames de prevenção como mamografia, preventivo para câncer do colo do útero e exame clínico das mamas. No entanto, mulheres de renda mais baixa ainda fazem bem menos esses exames do que as de renda mais alta.

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  • Veja os principais dados do PNAD sobre a saúde do brasileiro

O Sul é a região do Brasil onde mais pessoas se dizem portadoras de doenças crônicas. Nos estados do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, 35,8% das pessoas declaram sofrer de algum problema crônico de saúde. As mulheres aparecem como as mais afetadas; e, quanto maior a renda, maior a ocorrência dessas doenças. É o que revelam os dados do Panorama da Saúde no Brasil, publicação elaborada com base na Pesquisa Nacional por Amostra de Domicí­lios (Pnad) 2008, divulgados on­tem pelo Instituto Brasileiro de Geo­grafia e Estatística (IBGE).

Segundo a pesquisa, 31,1% da população brasileira é portadora de alguma doença crônica. No entanto, no Sul e no Sudeste do país esses problemas seriam mais frequentes. O levantamento mostra também que as mulheres seriam mais afetadas: 35,2% delas declara ter alguma doença crônica, contra 27,2% dos homens.

Para os especialistas ouvidos pela reportagem, é preciso cautela ao analisar os dados. De acordo com o médico responsável pelo serviço de geriatria do Hospital Cajuru e professor da Pontifícia Universidade Católica do Paraná José Mário Tupiná Machado, é preciso levar em conta que no Sul a população de idosos é maior do que nos estados do Norte e do Nordeste, o que de alguma forma explicaria ocorrência mais elevada de doenças crônicas na região.

Além disso, segundo a própria pesquisa, nos estados do Sul e Sudeste, há maior cobertura dos planos de saúde. Enquanto que nessas regiões, 30 e 35,6% da população, respectivamente, declara ter algum convênio, nos estados do Norte e Nordeste, esse porcentual fica em torno de 13%. A maior oferta de planos de saúde representa maior acesso a diagnóstico, o que também pode explicar o maior registro de doenças crônicas.

"O Sul e Sudeste concentram uma população com rendimento maior do que os estados do Norte e Nordeste. Com maior renda, há maior acesso a planos de saúde e maior estímulo ao diagnóstico", afirma o vice-presidente da Sociedade Paranaense de Clínica Médica, Luiz Antonio Sá.

Gênero

Sobre a maior ocorrência dessas doenças entre a população feminina, os especialistas consideram que também é preciso levar em conta questões biológicas e culturais. As mulheres em geral têm uma expectativa de vida maior do que os homens e, vivendo mais, estariam mais sujeitas ao desenvolvimento de doenças crônicas. Além disso, elas, historicamente, cuidam melhor da saúde do que os homens. Ou seja, têm mais o hábito de ir ao médico e fazer exames e, portanto, poderiam ser mais bem diagnosticadas do que eles.

Isso também, de certa forma, confirma outro dado da pesquisa, o de que os ho­­mens acreditam ter melhor saúde do que as mulheres. Para 79,5% deles seu estado de saúde pode ser classificado como "muito bom ou bom", enquanto que para as mulheres esse porcentual é de 75,2%. "Os homens não gostam de ir ao médico. Eles sempre acham que estão bem de saúde, até que um dia enfartam. Em geral, eles só procuram o médico quando realmente se sentem mal", afirma Luiz Antonio Sá.

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