Número de casos deve aumentar

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A Secretaria de Estado da Saúde confirmou ontem 13 novas mortes pela gripe A (H1N1) no Paraná, ocorridas entre os dias 14 de julho e 23 de agosto. Elas aconteceram nas regiões de Cascavel, Apucarana, Cianorte, Paranaguá, Ponta Grossa, Gua­­rapuava, Pato Branco e Lon­­drina. Nenhuma nova morte foi confirmada na regional de saúde de Curitiba, que continua sendo a regional com mais óbitos – 61 no total. Com os novos registros, o estado passa a ter 154 mortes pela doença.

Os próximos boletins sobre a situação da nova gripe no Paraná trarão ainda mais casos. O motivo é que o Laboratório Central do Estado (Lacen) processou os cerca de 2 mil exames que estavam pendentes. Nos últimos dez dias, o laboratório aumentou o número de funcionários e de equipamentos para zerar a fila de exames, marca atingida no último domingo. Os resultados serão divulgados nos próximos boletins.

"É importante que a população entenda que vai aumentar o número de casos porque estamos divulgando amostras de 4 de agosto a 23 de agosto, que ainda estavam em fila de espera", afirma o diretor-geral do Lacen, Marcelo Pilonetto. "Os novos boletins vão refletir números aprisionados, armazenados, que estavam aguardando análises." Com menos amostras para serem processadas, os óbitos pela doença também serão divulgados mais rapidamente.

O Paraná é o estado que tem a maior taxa de mortalidade pela doença, proporcionalmente à população. Em números absolutos é o segundo, atrás de São Paulo, que tem 179 mortes. O número de mortos no Brasil já chega a 504, segundo dados das secretarias estaduais de Saúde.

Pilonetto diz que não se deve entrar em pânico. O motivo apontado é que o Paraná notifica mais casos que outros locais e é o único que tem um laboratório processando as amostras somente do estado. O diretor-geral explica que, quando o Rio Grande do Sul começou a processar os exames no estado, o Paraná já estava com 3 mil resultados prontos.

Desde o dia 27 de julho, quando o Lacen foi credenciado, 6,3 mil exames foram processados. Com a fila zerada, o Lacen passará a fazer exames por amostragem, para saber como está a circulação do vírus no estado. Segundo o diretor-geral do laboratório, o vírus está apresentando tendência de queda na circulação.

A prefeitura de Curitiba di­­vulgou ontem que, mesmo com o frio, a chuva dos últimos dias e o retorno das aulas, a tendência de queda de casos está se mantendo. Na última semana foram feitas 63.865 consultas na rede pública, das quais 14.098 eram por doenças do aparelho respiratório, incluindo a nova gripe. O índice está em 22%, enquanto em julho o percentual estava em 31,3%.