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Em cinco anos de pesquisa, que resultou no livro Pequeno Go­­­ur­­met (editora Íthala, R$ 89,70), a nutricionista pós-gradu­ada em nutrição clínica Gra­­­­­ça Gabriel se deparou com pais preocupados e interessados em ensinar bons hábitos alimentares aos seus filhos. As dúvidas de como introduzir alimentos saudáveis na dieta dos pequenos, quais seus benefícios durante a infância, falta de apetite, além de receitas e dicas práticas, fazem parte do guia alimentar, que pretende ajudar pais e educadores na difícil tarefa de iniciar ou mudar os hábitos alimentares dos jovens. Confira a entrevista completa:

Quais as principais recomendações aos pais preocupados com a alimentação dos filhos?

A partir dos 6 meses, quando começa a alimentação sólida, é importante oferecer uma grande variedade de alimentos, o que facilita a introdução de novos alimentos mais tarde. Dos 2 aos 6 anos, deve-se manter o pulso firme e não ceder às vontades deles, para não perder tudo o que foi feito antes.

Qual é o papel de pais e professores na formação do hábito?

Eles são os maiores responsáveis. O que acontece hoje é que os pais estão deixando às crianças o papel de ditar as regras na alimentação, e não o contrário. O problema é que elas não conseguem fazer distinção entre o que é saudável ou não. São os pais que precisam dispender tempo e tomar as rédeas da situação.

Quais os piores erros que os pais cometem?

Um deles é colocar uma quantidade muito grande de comida no prato da criança. Ela acha que nunca vai conseguir terminar, fica nervosa e nem tenta comer. Esse cabo de guerra vira uma tortura. O correto é servir aos pouquinhos, ver se ela aceita bem e acrescentar até ela dizer "não". Existe uma quantidade ideal de comida para cada idade e que deve ser respeitada. Outro erro é não ter controle do horário das refeições. Fixar horários elimina metade dos problemas com a alimentação.

Qual é a melhor maneira de fazer com que elas se alimentem bem?

Mudando os hábitos da família toda. Não adianta querer que as crianças comam de maneira saudável se esses alimentos não estão na mesa. É preciso oferecer frutas, legumes, produtos integrais e dar o exemplo: as crianças aprendem olhando os pais. Outro problema é a resistência em relação ao modo de preparo. Por isso, os pais têm que testar outras receitas, por várias vezes. Aconselho que insistam em um alimento de oito a dez vezes. O problema é que muitos pais não têm paciência para fazer com que aquele alimento seja incluído nas refeições.

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