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Jardim Botânico é iluminado de rosa  em outubro para chamar a atenção à prevenção do câncer de mama | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
Jardim Botânico é iluminado de rosa em outubro para chamar a atenção à prevenção do câncer de mama| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

Pesquisadores das universidades Federal do Paraná, de Adelaide (Austrália) e de Cambridge (Reino único) desenvolveram um novo método capaz de identificar, de uma única vez, como pequenas variações genéticas podem aumentar o risco de câncer de mama. A pesquisa foi publicada na Revista científica Nature Genetics em 1.º de dezembro. Hoje, a análise das variações genéticas é feita uma a uma – em um processo longo e difícil. O novo método pode facilitar o diagnóstico e um eventual tratamento da doença.

Em entrevista publicada no site da UFPR, Mauro Antônio Alves Castro, primeiro autor do artigo, falou sobre a importância do método. “O grande diferencial dessa abordagem é poder mapear em uma única análise os riscos que são distribuídos em vários genes, variações que normalmente são vistas de maneira isolada. Nós criamos uma metodologia que integra todos esses pequenos componentes do risco”, disse o professor do Programa de Pós-Graduação em Bioinformática da UFPR.

Minúsculas variações genéticas são responsáveis por aumentar o risco desse tipo de câncer. Com a possibilidade de ver o efeito combinado de todos esses genes, os pesquisadores dessas três universidades esperam entender de forma mais clara como o risco genético influencia o desenvolvimento da doença. E isso poderá ajudar na elaboração de novas abordagens para diagnóstico, prevenção ou tratamento.

Com o novo método, os pesquisadores identificaram 36 coleções de genes, chamadas de “regulons”, associadas ao aumento do risco para câncer de mama. A análise dos dados foi realizada no Laboratório de Bioinformática da UFPR. Agora, segundo Castro, a pesquisa terá continuidade. “Estamos pensando em outros tipos de câncer que podem se beneficiar de uma abordagem semelhante, como o câncer de cólon”, afirmou.

O Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (Inca) divulgou, no mês passado, que a previsão é de que o país tenha 596.070 novos casos de cânceres em 2016. Entre as mulheres, a maior incidência prevista é justamente o câncer de mama (previsão de 57.960 casos). A estimativa de taxa bruta de mortalidade da doença para este ano foi calculada em 13,5 para cada 100.000 mulheres.

Há diversos fatores de risco para o desenvolvimento do câncer de mama, que vão desde históricos até comportamentais. Segundo o Inca, o caráter hereditário nesse tipo de câncer responde por 5% a 10% do total de casos.

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