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Em quase três meses de epidemia, o Paraná tem mais de 10 mil casos confirmados da gripe A (H1N1), conhecida como gripe suína, de acordo com novo boletim da Secretaria de Estado da Saúde divulgado ontem. Ao todo, são 10.188 casos no estado e 1.952 novos casos em relação ao boletim da segunda-feira. O número de casos confirmados laboratorialmente não representa o total de pacientes que realmente tiveram a nova gripe. Só são feitos os exames de laboratório em pessoas com casos graves da doença.

O número de casos no estado deve subir mais nos próximos dias. Há cerca de três semanas, o Laboratório Central do Estado (Lacen) solicitou à Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no Rio de Janeiro, que enviasse as 300 amostras do Paraná coletadas entre 1.º e 16 de julho que ainda não foram examinadas. Antes de o Lacen ser credenciado para realizar exames para a nova gripe, as amostras estavam sendo enviadas à Fiocruz.

Na quarta-feira, os exames chegaram ao Paraná, segundo o secretário de Estado da Saúde, Gilberto Martin. O Lacen está processando as amostras.

A secretaria confirmou ainda mais 11 mortes no estado por causa da nova gripe. No total, o Paraná registra 236 mortes em decorrência da gripe A.

Cânfora

Para se proteger da gripe A, algumas pessoas amarram saquinhos com cânfora no pescoço. A ação não oferece nenhuma proteção efetiva contra a nova gripe, diz a médica Ângela Maron, do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde. "Essa medida costumava ser utilizada durante a Gripe Espanhola, pelo fato de que, naquela época, ainda vigorava a teoria miasmática, pela qual se acreditava que a transmissão dos chamados miasmas (ar corrompido) ocorria em função do mau cheiro, e a cânfora, por possuir um aroma melhor, combatia a transmissão", explica.

De acordo com a médica, a proteção efetiva contra a doença só se dará de fato pela vacina que, de acordo com o Ministério da Saúde, estará disponível no Brasil no próximo ano. Para evitar a contaminação pela nova gripe, medidas básicas devem ser adotadas, como lavar frequentemente as mãos com água e sabão; evitar tocar os olhos, boca e nariz; não compartilhar objetos de uso pessoal; cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar; manter os ambientes arejados; e evitar aglomerações.

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