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Vacinação

Prevenção extra para o bebê

Vacinar é a maneira mais simples e eficiente de combater vários tipos de doenças, mas algumas delas não são oferecidas gratuitamente pelo governo e representam custos extras para os pais

Viviane Steck gastou quase R$ 400 em vacinas para o filho Pedro: “É melhor prevenir” | Giuliano Gomes/Gazeta do Povo
Viviane Steck gastou quase R$ 400 em vacinas para o filho Pedro: “É melhor prevenir” (Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo)
Confira o calendário de vacinação |

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Confira o calendário de vacinação

Antes mesmo de deixar a maternidade, o recém-nascido é submetido às primeiras formas de imunização, que previnem vários tipos de doenças, até as que podem aparecer quando adulto. O Calendário Básico de Vacinação, elaborado pelo Ministério da Saúde, ajuda os pais a seguirem essa rotina até os 10 anos. Essas vacinas são gratuitas e estão disponíveis nos postos de saúde para qualquer classe social. "Todas são importantes. O que puder ser feito de profilaxia é melhor para não ter de tratar depois", orienta o pediatra Paulo Nasimoto, do Hospital Santa Cruz.

Mas algumas vacinas tão importantes quanto as do calendário oficial não estão disponíveis nas unidades de saúde. São encontradas somente em clínicas especializadas e têm um custo à parte. Se a ideia é decidir pela vacinação, pesquise os preços, que não são tabelados.

Segundo o Ministério, as vacinas entram para o Calendário Básico de Vacinação após estudos que avaliam questões, como as características epidemiológicas da doença e o impacto do custo-benefício. "Para o governo é importante uma população saudável, mas ainda há um custo operacional muito grande", comenta Nasimoto.

Apesar dos custos extras, a professora de Educação Física Viviane Steck, 30 anos, prefere gastar um pouco mais agora a ter problemas no futuro. O filho Pedro, de um ano, recebeu doses de Prevenar (contra meningite, pneumonia, sinusite e otite média) e da vacina contra meningite C. Cada dose custa, em média, R$ 240 e R$ 120, respectivamente. "O pediatra recomendou porque o Pedro iria começar a frequentar a escolinha", explica Viviane.

A família prepara o bolso para a vacina contra a varicela (catapora), para crianças a partir dos 12 meses. A dose custa, em média, R$ 100. Ela pode parecer dispensável, por ser uma doença comum, e a cura depende apenas de alguns dias de reclusão e repouso. Mas a verdade é que, se infectar pessoas com baixa imunidade ou não for bem tratada, a catapora pode até matar. A recomendação é que a criança seja vacinada se estiver em um meio no qual exista grande risco de contaminação.

Outra vacina importante é contra hepatite A, para crianças a partir de 1 ano. É típica de áreas menos desenvolvidas, com más condições de higiene e falta de saneamento básico. Ela provoca inflamação do fígado. A dose custa R$ 75 em média.

Pesquisas garantem que o organismo do bebê está pronto para responder desde cedo às vacinas. O máximo que pode acontecer são reações passageiras, como febre e dor local, até 24 horas após a aplicação. "Se houver febre, deve dar antitérmico. Se ela persistir por mais de 24 horas, leve ao médico", orienta a pediatra Eliane Maluf, responsável pela Clínica de Vacina do Instituto da Criança. Se a criança estiver com febre, não deve ser vacinada. "Pode atrapalhar o diagnóstico de uma possível doença", diz a médica.

Aleitamento

Tão importante quanto estar em dia com a vacinação dos filhos é não descuidar com a amamentação do bebê para ajudar na prevenção de doenças. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a criança seja amamentada por dois anos ou mais. "Se a mãe conseguir amamentar além dessa média, conferirá uma proteção ainda melhor ao filho", afirma o pediatra Nasimoto.

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