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Viviane Steck gastou quase R$ 400 em vacinas para o filho Pedro: “É melhor prevenir” | Giuliano Gomes/Gazeta do Povo
Viviane Steck gastou quase R$ 400 em vacinas para o filho Pedro: “É melhor prevenir”| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

Doenças

Saiba mais sobre o que as vacinas extras protegem

Meningite C

Inflamação das membranas que protegem o sistema nervoso central. Pode infectar pela troca de secreções respiratórias e garganta. De cada cinco crianças que sobrevivem à doença, uma pode apresentar sequelas como cegueira, surdez e lesões cerebrais. Se não for bem tratada, pode levar à morte.

Varicela

A transmissão ocorre pelo contato aéreo ou direto com as lesões vesiculares, cujo líquido está cheio de vírus.

São raros os casos de morte na infância. Na maioria dos casos, as crianças recuperam-se bem, mas complicações podem ocorrer, como infecções de pele, pneumonia, inflamação do coração e das articulações.

Hepatite A

Doença que produz inflamação do fígado. A transmissão ocorre através da ingestão de água e alimentos contaminados ou diretamente de uma pessoa infectada que não obedece normas de higiene. Em casos raros põe o paciente em risco de vida.

  • Confira o calendário de vacinação

Antes mesmo de deixar a maternidade, o recém-nascido é submetido às primeiras formas de imunização, que previnem vários tipos de doenças, até as que podem aparecer quando adulto. O Calendário Básico de Vacinação, elaborado pelo Ministério da Saúde, ajuda os pais a seguirem essa rotina até os 10 anos. Essas vacinas são gratuitas e estão disponíveis nos postos de saúde para qualquer classe social. "Todas são importantes. O que puder ser feito de profilaxia é melhor para não ter de tratar depois", orienta o pediatra Paulo Nasimoto, do Hospital Santa Cruz.

Mas algumas vacinas tão importantes quanto as do calendário oficial não estão disponíveis nas unidades de saúde. São encontradas somente em clínicas especializadas e têm um custo à parte. Se a ideia é decidir pela vacinação, pesquise os preços, que não são tabelados.

Segundo o Ministério, as vacinas entram para o Calendário Básico de Vacinação após estudos que avaliam questões, como as características epidemiológicas da doença e o impacto do custo-benefício. "Para o governo é importante uma população saudável, mas ainda há um custo operacional muito grande", comenta Nasimoto.

Apesar dos custos extras, a professora de Educação Física Viviane Steck, 30 anos, prefere gastar um pouco mais agora a ter problemas no futuro. O filho Pedro, de um ano, recebeu doses de Prevenar (contra meningite, pneumonia, sinusite e otite média) e da vacina contra meningite C. Cada dose custa, em média, R$ 240 e R$ 120, respectivamente. "O pediatra recomendou porque o Pedro iria começar a frequentar a escolinha", explica Viviane.

A família prepara o bolso para a vacina contra a varicela (catapora), para crianças a partir dos 12 meses. A dose custa, em média, R$ 100. Ela pode parecer dispensável, por ser uma doença comum, e a cura depende apenas de alguns dias de reclusão e repouso. Mas a verdade é que, se infectar pessoas com baixa imunidade ou não for bem tratada, a catapora pode até matar. A recomendação é que a criança seja vacinada se estiver em um meio no qual exista grande risco de contaminação.

Outra vacina importante é contra hepatite A, para crianças a partir de 1 ano. É típica de áreas menos desenvolvidas, com más condições de higiene e falta de saneamento básico. Ela provoca inflamação do fígado. A dose custa R$ 75 em média.

Pesquisas garantem que o organismo do bebê está pronto para responder desde cedo às vacinas. O máximo que pode acontecer são reações passageiras, como febre e dor local, até 24 horas após a aplicação. "Se houver febre, deve dar antitérmico. Se ela persistir por mais de 24 horas, leve ao médico", orienta a pediatra Eliane Maluf, responsável pela Clínica de Vacina do Instituto da Criança. Se a criança estiver com febre, não deve ser vacinada. "Pode atrapalhar o diagnóstico de uma possível doença", diz a médica.

Aleitamento

Tão importante quanto estar em dia com a vacinação dos filhos é não descuidar com a amamentação do bebê para ajudar na prevenção de doenças. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que a criança seja amamentada por dois anos ou mais. "Se a mãe conseguir amamentar além dessa média, conferirá uma proteção ainda melhor ao filho", afirma o pediatra Nasimoto.

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