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| Foto: Daniel Derevecki/Gazeta do Povo

Com as atuais campanhas de conscientização alertando para os riscos da automedicação e do abuso de remédios, tem sido mais comum encontrar pessoas que vão aos consultórios para saber a opinião do médico sobre o diagnóstico e não para levar para casa uma receita. "Hoje o paciente questiona mais a relação da doença com o medicamento, se interfere em outra medicação, quer saber mais sobre os efeitos colaterais e conhecer possibilidades diferentes de tratamento", conta Ivan Paredes, clínico geral e professor de medicina na Faculdade Evangélica do Paraná. Esse questionamento leva, algumas vezes, ao extremo de não levar o uso do medicamento a sério, interrompendo o tratamento.

Nas muitas doenças assintomáticas é que mora o perigo. "Na hipertensão, diabete e colesterol alto, por exemplo, é normal o paciente não sentir nada e dispensar o tratamento por conta própria, podendo agravar o quadro a longo prazo". Para isso não acontecer, o papel do médico é fundamental. "Ele deve convencer o paciente de que o tratamento adequado irá protegê-lo de problemas futuros", diz o médico.

Segundo Flávia Kavalec, farmacêutica do Núcleo de Estudos Oncológicos Neo Saúde, infecções bacterianas, por exemplo, podem recorrer se não forem tratadas até o fim. "Os sintomas são aliviados nos primeiros dias de medicação, pois as bactérias mais frágeis são eliminadas. Mas o tratamento não deve ser interrompido, senão elas podem retornar mais resistentes e um outro medicamento precisará ser utilizado."

De acordo com Jackson Rap­kiewicz, farmacêutico responsável pelo Centro de Informações sobre Medicamento do Conselho Regional de Farmácia do Paraná (CIM/CRFPR), a dose e o período recomendados na prescrição devem ser seguidos à risca, pois interferem na quantidade do medicamento presente na corrente sanguínea. "A intenção do horário determinado é manter um nível apropriado do remédio no sangue, pois precisa estar na quantidade certa para fazer efeito corretamente. Se a pessoa adianta ou atrasa os horários, o nível fica desequilibrado, prejudicando o resultado."

De acordo com o clínico geral Ivan Paredes, para problemas que não estão ligados a patologias crônicas, como uma dor de cabeça, podem ser utilizadas medidas alternativas. Acupuntura, ioga, técnicas de relaxamento, homeopatia e exercícios físicos regulares são capazes de resolver sintomas gerados pelo cansaço ou pelo estresse, sem o uso de medicamentos alopáticos.

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