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Drogas

Veja quais são as substâncias mais usadas como anestesias:

• Propofol: a droga que matou o cantor Michael Jackson por excesso de dosagem é usada para obter um estado hipnótico e fazer o paciente dormir.

• Gases anestésicos como óxido nitroso, gás hilariante e isoflurano: são usados em conjunto com outras drogas para manter o estado de hipnose. Ajudam a tirar a dor e a consciência. Administrados por via respiratória, não são metabolizados pelo organismo e sua eliminação acontece por meio da respiração.

• Opióides derivados da papoula: são os analgésicos mais potentes que existem. Aplicados direto na veia, só são manipulados dentro de hospitais. Se usados de forma incorreta e sem supervisão médica, podem fazer o paciente parar de respirar.

Fonte: Sérgio Tenório, chefe do serviço de anestesiologia do Hospital de Clínicas da UFPR

  • Veja quais são e para que servem as anestesias

Cerca de 25 milhões de anestesias são aplicadas anualmente no Brasil, segundo a Sociedade Brasileira de Anestesiologia (SBA). Com utilização mais frequente nas áreas de obstetrícia, ginecologia, ortopedia e cirurgia geral; o procedimento, mesmo que corriqueiro, ainda costumar meter medo nos pacientes.

"Não existe uma técnica anestésica pior ou melhor, com maior ou menor risco do que a outra. O importante é o profissional identificar as peculiaridades e necessidades de cada paciente, customizar todo o aparato anestésico e assim otimizar o procedimento", explica a presidente da SBA, Nádia Duarte.

O responsável pela anestesia é o médico anestesista – que além do seis anos de Medicina, cursou mais três anos de especialização em anestesiologia. Ele é quem controla todos os riscos envolvidos no procedimento anestésico. Além da aplicação das drogas que colocam o paciente em estado de hipnose e amnésia, também acompanha a evolução dos sinais vitais do paciente durante toda a cirurgia.

O trabalho médico que envolve a anestesia vai muito além de evitar que o paciente sinta dor por meio do controle de um estado de inconsciência – que tanto temor gera entre aqueles que estão prestes a entrar em um centro cirúrgico. Durante o período de inconsciência, o médico anestesiologista acompanha todo o trabalho da equipe de cirurgia para manter a concentração correta das drogas no sangue. Isso faz com que o paciente não desperte no meio do procedimento.

Riscos

O chefe do serviço de anestesiologia do Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Paraná (UFPR), Sérgio Tenório, afirma que o maior risco de um procedimento anestésico é a parada respiratória. Já os problemas menos frequentes dizem respeito às reações alérgicas às drogas utilizadas para diminuir a sensibilidade do paciente.

"Doenças como a asma ou o diabete podem ser agravadas durante a anestesia, um fumante pode ter complicações como tosse e problemas pulmonares, mas toda a aplicação é feita com acompanhamento médico e é segura: em Curitiba, são realizadas mais de duas mil anestesias por dia sem que ocorram acidentes", pondera.

Tenório reforça o fato de que todas as cirurgias necessitam de um anestesista ao lado do paciente em todos os momentos. "Tanto que é ilegal um anestesista fazer dois procedimentos ao mesmo tempo, pois a estabilidade do paciente pode se alterar de forma muito rápida", diz.

No passado, quando era administrada por cirurgiões, mortes após a anestesia eram mais comuns. "Não havia uma tecnologia tão grande para monitorar o paciente e sozinho um médico não tinha e nem tem condições de controlar a cirurgia e os sinais vitais. Hoje, a anestesia é muito segura. Não fazemos apenas o paciente dormir e acordar: acompanhamos todo o procedimento de perto", explica o médico residente do último ano da especialização em anestesiologia Gustavo Marcinco.

Tranquilizando

Para tranquilizar o paciente em relação a este momento da cirurgia, o anestesista costuma avaliá-lo antes do procedimento. Isto pode evitar o medo desnecessário. "O paciente costuma conhecer o cirurgião, mas não conhece o anestesista, o que gera certa apreensão. Para que isto seja evitado, o médico deve conversar com o paciente e mostrar que o procedimento possui benefícios para a cirurgia, o que compensa os riscos", explica Tenório.

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