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Pacientes de gripe voltaram a dividir espaço com portadores de outras doenças | Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo
Pacientes de gripe voltaram a dividir espaço com portadores de outras doenças| Foto: Rodolfo Bührer/Gazeta do Povo

Mil novos casos e gripe no Paraná

O boletim epidemiológico divulgado ontem pela Secretaria de Estado da Saúde aponta que o Paraná tem 16.765 casos confirmados da gripe A (H1N1), a gripe suína. No boletim anterior, da última quinta-feira, os infectados eram 15.608. O número subiu em mais de mil casos.

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Com a queda da incidência da gripe A (H1N1) em Curitiba, serviços montados especialmente para o atendimento de casos suspeitos foram desativados. A Se­­cre­­taria Municipal da Saúde de­­sinstalou na última quinta-feira as duas tendas de isolamento para os pacientes com sintomas de gripe, que ficavam nas unidades de ur­­gência do Sítio Cercado e do Pi­­nheirinho, e desativou o call center que acompanhava os casos suspeitos.

Entre 7 de agosto e 22 de setembro, o estado de saúde de 7.368 pacientes foi acompanhado pelo telefone. Desde ontem os novos casos são monitorados pelos técnicos dos distritos sanitários.

Também o setor de urgência e emergência do Hospital de Clínicas (HC) da Universidade Federal do Paraná recebe há 20 dias pacientes com outras enfermidades – desde 24 de julho, a ala estava destinada exclusivamente para casos graves da gripe A. Segundo a assessoria de imprensa do HC, a diminuição nos internamentos justificou a abertura para outras enfermidades. Em um mês (entre 2 de setembro e 2 de outubro), o número de internados caiu de 31 para 10.

No entanto, o hospital continua sendo referência para recebimento de pacientes gripais em estado grave, pois o vírus continua circulando. Cerca de 86% dos casos de gripe na capital foram pelo vírus A (H1N1) e 48 pessoas morreram em decorrência da doença. A orientação é que a população mantenha os cuidados básicos de prevenção.

Sem medo

O HC também voltou a realizar cirurgias eletivas que necessitam de internação. Porém pacientes que aguardavam na fila por meses estão se recusando a fazer a cirurgia, com medo da nova gripe. A informação é da assessoria de imprensa do HC, que explica que não há risco de contaminação no hospital porque os pacientes com gripe A ficam em unidades isoladas.

A suspensão por um mês das cirurgias eletivas foi uma determinação da Secretaria de Estado de Saúde, para garantir reserva técnica de leitos de UTI. A proibição terminou em 5 de setembro. O afastamento das gestantes do trabalho foi encerrado em 14 de setembro. Também o Laboratório Central do Estado (Lacen), que processava em três turnos os exames para a nova gripe, voltou a operar no horário normal.

O secretário municipal da Saúde, Luciano Ducci, diz que o suporte continuará a ser dado a quem precisar, mas de modo adequado ao estágio atual da doença. A secretaria está acompanhando as gestantes e o comitê para enfrentamento da doença continua se reunindo. Já o Lacen realiza o sequenciamento genético do vírus para identificar o tipo que circulou no Paraná. A previsão é que resultados preliminares saiam daqui a no mínimo seis meses.

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