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A hiperidrose, ou transpiração excessiva, atinge 1% da população, principalmente mulheres (65% dos casos). Além de comprometer a auto-estima, pode prejudicar o trabalho e a vida social de quem tem o problema. De acordo com Paulo Boscardin, médico responsável pelo Departamento de Cirurgia Torácica do Hospital das Clínicas de Curitiba, a hiperidrose é mais comum nas mãos, axilas, região craniofacial e nos pés. Também pode ocorrer em mais de uma parte do corpo.

"Quando o distúrbio não está associado a causas secundárias, como obesidade, hipertireoidismo, menopausa ou distúrbios psiquiátricos, a cura é possível por meio da simpatectomia por vídeo-cirurgia", explica o cirurgião, que já operou 1550 pacientes com hiperidrose. Segundo ele, o procedimento é simples: "são feitas duas incisões de meio centímetro na região das axilas para o corte ou clipagem do nervo que estimula o suor.

A cirurgia dura cerca de meia hora e o paciente tem alta no dia seguinte. Após a cirurgia, o paciente deixa de suar em excesso na região que o incomodava. Pode ocorrer a compensação da transpiração em outras áreas, mas os casos são bem raros". A opção pela cirurgia parte do próprio paciente, e é recomendada nos casos em que o incômodo é muito grande.

Também existe a opção da injeção de botox (toxina botulínica) na região das axilas e nas mãos. "A substância inibe a ação das glândulas sudoríparas e o efeito dura, em média, de quatro a seis meses", explica o dermatologista Marcos Winter.

Suor de menos

A ictiose é uma doença genética muito grave caracterizada pela ausência total ou parcial de glândulas sudoríparas na pele. A falta de transpiração gera um sério desequilíbrio sistêmico, a pele fica extremamente seca, com cascas espessas e muita ardência, e os rins se sobrecarregam. Segundo o dermatologista Marcos Winter, o distúrbio atinge uma em cada 300 mil crianças nascidas vivas e ainda não tem cura. Os portadores desta doença vivem pouco, em média, 15 anos. O tratamento é feito com cremes hidratantes fortes e comprimidos à base de retinóides, que diminuem a espessura da pele.

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