O presidente do STF, Luís Roberto Barroso, criticou veladamente os Estados Unidos durante a abertura do semestre Judiciário, afirmando que o ministro Alexandre de Moraes tem enfrentado "custos pessoais elevados" ao relatar a ação penal sobre a suposta tentativa de golpe de Estado. Barroso destacou que o julgamento tem sido conduzido com transparência e observância ao devido processo legal. Ele também mencionou episódios históricos de tentativas de quebra da institucionalidade no Brasil, ressaltando a importância da independência do Judiciário. Gilmar Mendes também fez ataques à Eduardo Bolsonaro e defendeu Moraes.
Racha no STF
O Ministro Alexandre de Moraes tentou articular uma carta assinada por todos os integrantes do Supremo Tribunal Federal, em resposta à sanção imposta pela Lei Magnitsky pelos Estados Unidos. No entanto, mais da metade dos colegas considerou a iniciativa inadequada e recusou assinatura.
Como alternativa, foi divulgada uma nota institucional, sem citar os EUA, redigida e assinada apenas pelo presidente do STF, Luís Roberto Barroso. A recusa gerou um claro racha interno entre os ministros.
Jantar oferecido por Lula em apoio a Moraes mostra divisão na Corte
Em jantar no Alvorada com Lula, só 6 dos 11 ministros do STF compareceram para demonstrar apoio a Alexandre de Moraes, sancionado pelos EUA. As ausências reforçam o clima de divisão interna no Supremo. Moraes teria aceitado que a resposta à sanção seja conduzida politicamente, pelo governo, e não judicialmente.
Justiça italiana poderá negar extradição devido a falhas processuais
A deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP) permanece em prisão preventiva na Itália após ter sido condenada pelo STF a 10 anos de prisão, perda do mandato e multa de R$ 2 milhões por envolvimento na invasão dos sistemas do CNJ e falsificação de mandado de prisão contra o ministro Alexandre de Moraes. A prisão ocorreu no dia 29 de julho, em Roma, com cooperação entre Polícia Federal, Interpol e autoridades italianas. A Justiça italiana terá até 48 horas para definir se ela pode aguardar o processo de extradição em liberdade ou se permanecerá detida. O pedido de extradição formal foi protocolado pelo governo brasileiro, mas especialistas apontam que a justiça italiana pode negar a extradição diante de indícios de irregularidades processuais, como possível violação do devido processo legal e impedimento do ministro Moraes por ser parte interessada no caso.. Se o país recusar a extradição, Zambelli poderá permanecer na Itália por até dois anos enquanto o processo corre.
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