As denúncias feitas por Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes (STF), têm ganhado ampla repercussão e fortalecem as manifestações programadas para o dia 7 de setembro. Os atos têm como pauta principal a anistia aos réus e condenados pelos atos do dia 8 de janeiro de 2023, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro, e devem intensificar a mobilização de grupos que contestam decisões judiciais recentes e defendem a revisão das punições.
Autoridades dos Estados Unidos acompanharão de perto os desdobramentos das manifestações devido à possibilidade de ampliação da aplicação da Lei Magnitsky, que prevê sanções contra violações de direitos humanos e irregularidades no país.
Os atos devem reforçar a mobilização da oposição que critica as decisões judiciais do STF e defende a revisão das punições.
Figueiredo diz que Moraes esconde fortuna em instituição familiar
O jornalista Paulo Figueiredo afirmou que todo o patrimônio do ministro Alexandre de Moraes e de sua esposa estaria registrado em uma entidade chamada Instituto Lex – Instituto de Estudos Jurídicos Ltda., criada em junho de 2000 e formada por familiares do ministro. Segundo ele, os bens atribuídos a Moraes, como um apartamento avaliado em R$ 25 milhões no bairro Jardins, uma mansão em Campos do Jordão e um apartamento no Guarujá, estariam em nome do instituto, que não possui site e cuja página no Instagram não é atualizada desde 2017. A sede do Instituto coincide com a do escritório de advocacia da família, antes denominado “Alexandre de Moraes Advogados” e hoje “Barci de Moraes Advogados”. Figueiredo ainda afirmou que autoridades americanas já investigaram essa estrutura patrimonial e defendeu a aplicação da Lei Magnitsky contra Moraes e pessoas ligadas a ele, como forma de gerar um efeito dissuasivo.
Tagliaferro revela áudio de juiz de Moraes
O ex-assessor do ministro Alexandre de Moraes, Eduardo Tagliaferro, divulgou um áudio gravado em 11 de novembro de 2022, no qual o juiz Airton Vieira — auxiliar do ministro Alexandre de Moraes no STF — admite que houve uma tentativa consciente de burlar os trâmites formais ao solicitar relatórios ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No áudio, Vieira reconhece que não poderia formalmente requisitar os documentos a Tagliaferro, pois isso levantaria suspeitas, dizendo que “ficaria uma coisa muito descarada” caso perguntassem sobre a origem das solicitações. Esses relatórios, obtidos por meio de “atalhos informais”, tinham como alvo críticos da Corte durante o período eleitoral, e vinham sendo usados para embasar investigações no STF.
Deepfaker de Lula é condenado por ofensas a bolsonaristas
O influenciador digital Brunno Sarttori, conhecido por suas montagens em deepfake ridicularizando Jair Bolsonaro e defendendo o governo Lula, foi condenado pela Justiça paulista a indenizar os influenciadores bolsonaristas Márcio Guerra e Dom Lancellotti, após publicar uma imagem ofensiva associando-os ao nazismo. A juíza entendeu que a postagem tinha caráter difamatório e extrapolava a liberdade de expressão, resultando em danos morais de R$ 20 mil e multa por litigância de má-fé, já que Sarttori tentou justificar sua ausência na audiência com doença, mas foi flagrado em redes sociais participando de comemorações e viagens. Além da condenação, a investigação revelou conexões de Sarttori com uma rede de influenciadores, advogados e lobistas, incluindo Roberto Bertholdo, ligado a escândalos antigos de corrupção e espionagem, e com contatos políticos e empresariais estratégicos na China. O caso expõe como interesses digitais, políticos e internacionais se entrelaçam, mostrando que nem mesmo deepfakes conseguem esconder totalmente os bastidores dessas articulações. O jornalista investigativo David Ágape conta no programa Sem Rodeios sobre essa trama.
Aqui está uma frase clara e direta sobre o programa:
O Sem Rodeios vai ao ar de segunda a sexta, das 13h30 às 16h30, ao vivo, trazendo as principais notícias e análises sobre política. Não perca!
