A crise diplomática entre Brasil e Estados Unidos se intensificou nas últimas semanas. Após a operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro, autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, que incluiu o uso de tornozeleira eletrônica, os EUA reagiram com a revogação dos vistos de Moraes, familiares e outros ministros do STF. A deputada norte-americana María Elvira Salazar afirmou que essa decisão é apenas o começo. Além disso, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, anunciou que novas sanções estão sendo planejadas, incluindo aumento de tarifas comerciais e possíveis ações coordenadas com a OTAN. O governo brasileiro enfrenta críticas internas e externas, com estimativas de que o "tarifaço" possa eliminar até 110 mil empregos e causar perdas bilionárias às empresas. Apesar disso, Executivo e Judiciário mantêm a postura de defesa da democracia.
Diretor da PF classifica fala de Eduardo como intimidação e promete medidas
O diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues, anunciou que as ameaças feitas pelo deputado Eduardo Bolsonaro contra agentes da PF serão incluídas no inquérito que investiga o parlamentar por suposta obstrução de Justiça, coação e tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito. Segundo Rodrigues, houve uma “covarde tentativa de intimidação” e ele garantiu que “nenhum investigado intimidará a Polícia Federal”.
Conteúdo de "pendrive de Bolsonaro" é irrelevante, diz PF
A Polícia Federal concluiu a perícia no pendrive apreendido no banheiro da residência de Jair Bolsonaro em Brasília. O dispositivo, encontrado durante busca autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, estava guardado em uma gaveta e não continha arquivos relevantes para o inquérito que investiga o ex-presidente e seu filho Eduardo por suposta tentativa de obstrução da Justiça. O laudo será enviado aos investigadores, mas o material é considerado irrelevante pela PF.
"Fora Moraes" ganha força em manifestações
As manifestações de apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro e críticas ao governo Lula e ao Judiciário, realizadas em várias cidades brasileiras no domingo (20), marcaram um novo momento na mobilização da direita brasileira, com o grito de "Fora, Moraes" ganhando protagonismo inédito. Em vez de menções pontuais, houve faixas, cartazes, camisetas e gritos constantes direcionados contra o ministro do STF, Alexandre de Moraes. As manifestações ocorreram após sanções aplicadas ao Brasil e autoridades brasileiras pelos Estados Unidos e medidas cautelares impostas contra Bolsonaro por Moraes. A principal manifestação foi realizada em Brasília, com a participação da deputada Bia Kicis (PL-DF) e da senadora Damares Alves (Republicanos-DF), que discursaram contra o governo e o Judiciário. Em Belo Horizonte, o advogado Marco Antônio Costa discursou para uma multidão na Praça da Liberdade, criticando o Supremo e o procurador-geral da República. Outras cidades, como São Paulo, Curitiba, Salvador, Vila Velha (ES) e Rio de Janeiro, também registraram atos, com pedidos de impeachment de Moraes e do presidente Lula.
Jornalista Oswaldo Eustáquio recebe visto americano
O governo dos EUA concedeu, em outubro de 2024, um visto de quatro anos ao jornalista Oswaldo Eustáquio, refugiado político, por envolvimento nos atos de 8 de janeiro. A entrega só ocorreu nesta semana na embaixada dos EUA na Espanha, onde Eustáquio reside atualmente. O caso ocorre sob a gestão de Trump, mas foi distribuído durante o governo anterior, e coincide com a revogação de vistos de autoridades brasileiras como parte da crise diplomática atual.
O jornalista é o convidado do Sem Rodeios nesta segunda (21) e vai revelar detalhes do seu caso. Imperdível! O Sem Rodeios vai ao ar às 13h30, ao vivo, pelo canal do Youtube da Gazeta do Povo.



