Lula e os Aiatolás: Enquanto o mundo condena o Irã, Brasil opta por atacar EUA e Israel. O programa Sem Rodeios desta segunda-feira (23) repercute o alinhamento do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com ditaduras e regimes autoritários. A oposição criticou o comunicado divulgado pelo Ministério das Relações Exteriores neste domingo (22) em que o governo Lula classificou o bombardeio dos Estados Unidos contra três instalações nucleares no Irã como uma “violação da soberania” e do direito internacional.
Falaremos ainda sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes. Ele afirmou que o enfrentamento à Operação Lava Jato é um de seus principais legados e destacou que foi a “primeira voz relevante” a apontar a suspeição do ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União-PR). Citando o clássico “Non, je ne regrette rien”, da cantora francesa Édith Piaf, Gilmar disse que não se arrepende.
É a partir das 13h30, ao vivo.
Lula e os Aiatolás: Enquanto o mundo condena o Irã, Brasil opta por atacar EUA e Israel
O deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, afirmou que “bandidos e ditadores só entendem uma linguagem, a da força”. A teocracia iraniana é comandada pelo aiatolá Ali Khamenei desde 1989. O controle do governo fundamentalista xiita no país começou com a Revolução Islâmica de 1979.
O Irã só permite a atuação de políticos subservientes ao regime e cala as vozes dissonantes, por meio de execuções, prisões e do exílio. O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) compartilhou um vídeo do apresentador Ratinho, pai do governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), criticando o governo federal por “se meter” na guerra de Israel e não cuidar dos problemas do Brasil.
“O governo Lula não consegue fazer o dever de casa dentro do Brasil, não consegue fazer o arroz com feijão e quer se meter na guerra da Ucrânia, na guerra de Israel e Irã”, disse Flávio.
O senador Carlos Viana (Podemos-MG) afirmou que o Brasil “precisa retomar sua diplomacia equilibrada". “Defender Israel é defender a democracia, os direitos humanos e a paz. Não podemos nos calar diante das ameaças do Irã contra Israel”, justificou Viana.
Gilmar Mendes defende legado contra Lava Jato
“Fui a primeira voz relevante que apontou que o rei estava nu. E fui o voto decisivo na suspeição de Sergio Moro na Segunda Turma”, afirmou o decano do STF à coluna Alice Ferraz, do Estadão, em entrevista divulgada neste domingo (22). Gilmar nunca escondeu a insatisfação com Moro nem com o ex-procurador da força-tarefa Deltan Dallagnol (Novo-PR).
Em dezembro de 2024, ele disse que o comando da Lava Jato foi deixado nas mãos de pessoas “microcéfalas” e com “cérebro de minhoca”. No mesmo mês, Gilmar afirmou que Curitiba (PR) ficou com má fama pela atuação de Moro e Dallagnol na operação.
Na última sexta-feira (20), Gilmar completou 23 anos de atuação no Supremo. “Vivemos momentos de aplauso, como no Mensalão, e de crítica, como na Lava Jato”, disse à coluna Alice Ferraz, do Estadão, apontando que o STF é mal compreendido. Ele disse que parte da sociedade apoia a atuação do STF, mas de forma silenciosa, enquanto os “adversários são barulhentos”, mas não o abalam.
Assista diariamente ao programa Sem Rodeios
O programa Sem Rodeios traz a melhor análise diária do noticiário de política e dos bastidores de Brasília com comentários ao vivo de Jorge Serrão, André Marsiglia, Júlia Lucy, Karina Michelin e Deltan Dallagnol. Apresentado por Rossana Bittencourt, vai ao ar de segunda a sexta-feira, às 13h30, no site da Gazeta do Povo, nos aplicativos de Android e Iphone e no canal do YouTube.




