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Sem Rodeios

Moraes ordenou prisão de cidadã americana nos EUA

No caso de Flávia Magalhães, brasileira-americana, Moraes determinou sua prisão em 3 de janeiro de 2024, acionando o oficial de ligação da Polícia Federal em Miami, delegado Marcelo Ivo, conforme ofício assinado pelo delegado Fábio Mertens.

Flávia relatou em vídeo no X que foi monitorada pela PF durante uma manifestação em Fort Lauderdale, em 25 de fevereiro de 2024, sendo alertada por organizadores para não discursar e permanecer em uma barraca de água. Ela descreveu que agentes rondavam o local e outras pessoas participavam do monitoramento.

A investigação foi aberta de ofício pelo ministro, sem consulta ao Ministério Público, baseada em postagem de Flávia acusando Moraes de visitar Marcola na prisão. Moraes determinou ainda o bloqueio do perfil dela no X, tentou bloqueio via Anatel e suspendeu o passaporte brasileiro, classificando-a como “evadida” do território nacional, ignorando sua residência e cidadania nos EUA. O caso, confirmado pelo ofício da PF e pelos relatos de Flávia, pode agravar a situação de Moraes perante autoridades americanas e tensionar as relações bilaterais em um momento em que o governo Lula busca diálogo com Donald Trump. Flávia relatará os abusos sofridos hoje, às 13h30, no programa Sem Rodeios.

E-mail obtido por jornalista expõe promoção da Janja com verba da COP30

Uma investigação conduzida pelo jornalista David Agape revelou, por meio de um e-mail oficial do Departamento de Justiça dos EUA, que a agência Edelman — contratada para a comunicação da COP30 com recursos do PNUD (ONU) — promoveu Rosângela “Janja” Lula como porta-voz internacional da conferência climática. O documento, datado de 22 de setembro, oferecia entrevistas da primeira-dama sobre temas como violência de gênero, insegurança alimentar e participação feminina na política, colocando-a como figura central do evento. Embora Janja não ocupe cargo formal na COP30, a promoção financiada com recursos públicos e internacionais levanta questionamentos éticos sobre o uso de verbas da ONU e o limite entre atuação institucional e autopromoção. O jornalista conta no programa mais detalhes do caso.

Cármen Lúcia avalia saída antecipada motivada por desgaste emocional

Depois da aposentadoria antecipada de Luís Roberto Barroso, a ministra Cármen Lúcia estaria considerando fazer o mesmo — sair do STF antes do tempo previsto. Fontes ouvidas pela coluna afirmam que ela manifestou essa possibilidade em conversas com colegas. Entre os motivos citados estão o desgaste emocional acumulado e a busca por uma vida mais equilibrada, inclusive com práticas espirituais como Reiki. Há ainda temor de impacto personalíssimo: ela teve o visto americano revogado, se preocupa com possíveis implicações da Lei Magnitsky, que atingiria autoridades estrangeiras, e vê nessa aposentadoria antecipada uma maneira de garantir maior representatividade feminina no STF.

Ex-presidente do INSS confessa descontos indevidos para Contag

No depoimento à CPMI do INSS, o ex-presidente do órgão, Alessandro Stefanutto, admitiu que autorizou a inclusão em lote de descontos associativos em aposentadorias e pensões para beneficiários da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais). Segundo auditoria da CGU, de janeiro de 2019 a março de 2024, a Contag foi beneficiada com cerca de R$ 2 bilhões em descontos. Em novembro de 2023, foram desbloqueados 34.487 benefícios de uma só vez. O relator da CPMI apontou que essa autorização inicial favoreceu expansões subsequentes com indícios de fraudes em mais de 1,2 milhão de casos, dos quais 97,6 % teriam sido irregulares. Stefanutto alegou que seguiu processo técnico e transparência, mas não se recorda de parecer da Procuradoria que dava parecer contrário. Ele foi afastado em abril deste ano após a Operação Sem Desconto.

O Sem Rodeios, desta terça-feira (14) está imperdível! É às 13h30 pelo canal da Gazeta do Povo no YouTube.

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