A menos de um mês da canonização da santa baiana Irmã Dulce, que vai acontecer em outubro, o santuário que guarda uma réplica do corpo da Santa dos Pobres está aberto para visitação e já recebeu milhares de pessoas no Largo de Roma, em Salvador, na Bahia.
O santuário fica no Complexo Turístico Religioso dedicado a Irmã Dulce e, mesmo estando em reforma, abriu parte das suas obras para serem visitadas por conta da procura dos turistas.
O complexo abriga o Memorial Irmã Dulce, que reúne mais de 800 peças que ajudam a contar a trajetória da religiosa, o Santuário da Bem-Aventurada, onde está o túmulo dela, o espaço de gastronomia Dulce Café e a Loja Irmã Dulce.
O complexo está passando por revisão da estrutura, da alvenaria, instalação hidráulica, elétrica e do forro, além de intervenções de revestimento, pintura interna e externa. Há ainda previsão para obras no batistério e velário do santuário de Irmã Dulce. A previsão é que as intervenções durem até 15 de outubro, quando a Irmã Dulce será canonizada, mas até lá é possível visitar as obras.
A nova sepultura de Irmã Dulce ganhou estrutura de vidro em cima, para que os fiéis possam ver uma réplica do corpo da santa. O que vem impulsionando o turismo religioso na Bahia.
Para a missa que será celebrada na Arena Fonte nova, no dia 20 e outubro, por exemplo, são esperadas 55 mil pessoas entre baianos e caravanas de fieis de todo o Brasil, conforme informações do Ministério de Turismo da Bahia. Os ingressos são gratuitos e começam a ser distribuídos no dia 1 de outubro. A entrega será feita por meio das paróquias da Arquidiocese de Salvador.
Memorial Irmã Dulce
Irmã Dulce morreu em maio de 1992 e seu processo de canonização começou em janeiro de 2000. Ela ficou conhecida por ter ajudado centenas de pessoas, mas seu feito mais divulgado foi a intervenção na saúde da baiana Cláudia Cristiane Santos que, em janeiro de 2001, sofreu durante 18 horas com sangramentos após o parto do seu filho, Gabriel. Ambos sobreviveram e a vida dos dois é atribuída a um milagre de Irmã Dulce.
O Memorial Irmã Dulce (MID) foi inaugurado em 1993, um ano após a morte da freira baiana, e é uma exposição permanente sobre o legado da freira reunindo mais de 800 peças que ajudam a preservar e manter vivos os ideais da religiosa.
O hábito usado por ela, fotografias, documentos e objetos pessoais podem ser vistos no Memorial, que ainda preserva, intacto, o quarto de Irmã Dulce, onde está a cadeira na qual ela dormiu por quase 30 anos em virtude de uma promessa. Outros fatos marcantes de sua vida são lembrados através de maquetes, livros, diplomas e medalhas.
Entre as peças do acervo, está também a imagem de Santo Antônio, do século XIX, pertencente à família da religiosa, diante da qual ela costumava rezar. A visita ao Memorial se estende à Capela das Relíquias, no Santuário da Bem-aventurada Dulce dos Pobres, onde, desde junho de 2010, encontra-se o túmulo de Irmã Dulce.
O santuário está localizado em Salvador, ao lado da sede das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID), no Largo de Roma, e tem capacidade para mais de 1 mil pessoas sentadas. Fica aberto todos os dias, para que fiéis possam visitar os restos mortais, que não estão guardados no túmulo, e a réplica do corpo da santa Dulce dos Pobres.
No dia da canonização de Irmã Dulce dos Pobres, como ficou conhecida, um relicário, com um pequeno fragmento de sua costela, será entregue ao Papa Francisco, e ficará guardada na Capela das Relíquias, no Vaticano.
Serviço:
O Memorial Irmã Dulce fica no Largo de Roma, em Salvador. Aberto à visitação de terça a domingo, das 10h às 17h. Informações: memorial@irmadulce.org.br e (71) 3310-1115 / 0800-284-5284
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