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Na maior crise desde o início do governo, o presidente Lula e o PT partiram para o radicalismo. Recuperando o discurso stalinista de "inimigos do povo", agora o grande culpado não é a política econômica desastrosa, mas sim os ricos. A cúpula petista decidiu que o confronto é o melhor caminho.
Em vídeo publicado na última quinta-feira (26), o governo acusa a sigla "BBB: Bilionários Bancos e Bets" de pagar menos imposto, proporcionalmente, do que o resto da população. A peça é parte de uma série com ao menos cinco vídeos, que serão divulgados nos canais do partido. Em seguida, a União Progressista respondeu ao vídeo, ironizando o argumento petista e criticando o aumento de despesas e o número de ministérios do governo.
E, no último domingo (29), o ex-presidente Jair Bolsonaro comandou um ato de protesto em São Paulo, reforçando o discurso de que, mais importante do que ganhar a presidência, é a direita conquistar a maioria no Senado e na Câmara dos Deputados. “Se vocês me derem isso (50% da Câmara e do Senado), não interessa onde esteja, aqui ou no além, quem assumir a liderança vai mandar mais que o presidente da República”, afirmou.
Este será tema do programa Última Análise desta segunda-feira (30). Participam da conversa de hoje o ex-procurador Deltan Dallagnol, o jurista André Marsiglia e o vereador Guilherme Kilter.
Mídia internacional ecoa crise brasileira
A prestigiada revista The Economist publicou reportagem em tom crítico a Lula, acusando-o de se revelar cada vez mais hostil ao Ocidente, preferindo se alinhar com a China, Rússia e o Irã. A análise sugere que o presidente, embora tenha anteriormente projetado o Brasil no mapa global, não conseguiu se adaptar a um mundo em constante transformação.



