
Ouça este conteúdo
Depois da derrota histórica no Congresso Nacional, que derrubou o aumento do IOF, o presidente Lula decidiu dar mais um passo nesta briga entre poderes. O discurso divisionista, que busca cindir o país para ganhar votos, voltou com toda força na retórica petista, que agora tenta trazer a classe média para suas fileiras. Ainda, o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), é o novo inimigo da pátria, agora acusado pelo presidente petista de traição.
Em entrevista, Lula afirmou que Motta teria descumprido um acordo, feito à surdina, na própria casa do parlamentar, a respeito do aumento do IOF. Motta teria mudado de ideia e traído o pacto com o PT. O petista afirma que não há qualquer rompimento com o Congresso Nacional, mas perfis de esquerda já estão a postos: o jovem parlamentar paraibano é o novo alvo.
Este é o ponto de partida do programa Última Análise desta quarta-feira (02). No programa de hoje, participam o jurista André Marsiglia, o ex-procurador Deltan Dallagnol e o escritor Francisco Escorsim.
Taxação de "super-ricos" retorna à pauta
Outro tema de programa será o imposto sobre as grandes fortunas, que voltou ao debate por influência de Lula. Sob o manto da "justiça tributária", o petista afirmou que a cobrança de mais impostos daqueles que chama de "super-ricos" afetaria apenas 140 mil pessoas no Brasil. Em contrapartida, 25 milhões de brasileiros seriam beneficiados com a isenção.
A estratégia faz parte de um reposicionamento do governo Lula, que tenta recuperar apoio popular às vésperas da eleição municipal de 2026. A ideia é usar a taxação dos ricos como uma das bandeiras de enfrentamento aos privilégios, retomando um discurso clássico da esquerda.



