Londrina - A superintendência do Hospital Universitário (HU) pediu aos demais hospitais e órgãos de atendimento de emergência mais 48 horas sem encaminhamento de pacientes para que possam normalizar a situação do Pronto Socorro, fechado na última quinta-feira, depois de constatar uma elevação do número de infectados pela bactéria resistente klebsiella. Mesmo com o PS e a UTI fechados, o hospital recebeu 13 casos gravíssimos no fim de semana. O pedido foi feito em uma reunião ontem à tarde, com representantes da 17.ª Regional de Saúde, reitoria da Universidade Estadual de Londrina (UEL), de todos os hospitais, Samu, Siate e Promotoria de Defesa dos Direitos Constitucionais.
Segundo a superintendente do HU, Margarida Carvalho, o número de pacientes infectados pela klebsiella havia diminuído de 24 na quinta-feira para 13, no fim de semana, mas voltou a aumentar ontem, com a confirmação de dois novos casos um na UTI feminina e outro no PS. "Infelizmente, como o fluxo de pacientes não parou, voltamos a ter novos casos. Isso nos preocupa muito porque ela vai se replicando", afirmou. Segundo Margarida, outras 40 pessoas que tiveram contato com pacientes infectados estão aguardando o resultado de exames.
Um exame feito em 15 crianças, cujo resultado deve sair hoje, pode resultar na liberação da UTI Neonatal e da maternidade. "Nós já fizemos dois exames que deram negativo, mas é preciso aguardar a terceira amostra", diz Margarida.
De acordo com a promotora Solange Vicentin, que acompanhou a reunião, o pedido do hospital é justo. "Porém, mesmo assim, o hospital não pode se negar a atender se for realmente necessário. Além disso, não são todos os setores que estão fechados", afirmou.
A Santa Casa de Londrina anunciou ontem que está investigando se também foi contaminada pela klebsiella. Um homem de 57 anos, internado desde o dia 8 de julho, está sob suspeita de ter sido contaminado pela bactéria. De acordo com a assessoria de imprensa do hospital, o resultado dos exames deve sair nos próximos dias.
Já o Hospital Evangélico, que confirmou seis pacientes infectados pela bactéria, comunicou que quatro deles já passaram pelo tratamento e foram descolonizados, enquanto outros dois continuam sendo tratados em isolamento.
Em alerta
Os Hospitais da Zona Norte (HZN) e Zona Sul (HZS) não registraram nenhum caso da bactéria resistente klebsiella mas estão de prontidão para qualquer eventualidade. Em ambos foi feita uma varredura para identificar pacientes que teriam sido internados em outros hospitais e as Comissões de Controle de Infecções Hospitalares (CCIH) também estão em alerta para evitar que algum caso venha ocorrer.



