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O fantasma do racionamento de água e de luz e os prejuízos econômicos da seca são notícia há mais de 60 anos no Paraná. Em 11 de agosto de 1944, durante a primeira grande estiagem registrada pelo indicadores pluviométricos da Copel, o assunto dividia espaço na Gazeta do Povo com as informações da Segunda Guerra Mundial. O confronto chegava ao fim e a cada dia as tropas aliadas ganhavam terreno na Europa. A manchete do jornal informava: Investida Anglo-Americana sobre Paris. Algumas páginas depois, o jornal tratava de acalmar os leitores curitibanos . Os cortes de luz registrados um dia antes na cidade não guardavam relação com a seca. Haviam sido motivados pela manutenção em equipamentos de transmissão. Diferentemente do que ocorria em Santa Catarina, ainda não era o momento de racionar luz no Paraná.

Em setembro de 1951, em outra estiagem histórica no Paraná, a luz continuava a ser problema. Reportagem de abertura de página informava: Com ou sem chuva teremos luz! Doze anos depois, em setembro de 1963, o tom não era tão otimista. A Gazeta noticiava que iria começar o racionamento de luz na capital e que o interior do estado sofria com incêndios decorrentes do clima seco.

A adoção do sistema nacional interligado de transmissão de energia na década de 70 acabou com o fantasma dos cortes de luz, mas a falta de água continuou sendo uma ameaça. Na edição de 16 de dezembro de 1985, durante a pior estiagem daquela década, a Gazeta do Povo informava que se iniciaria o racionamento de água na cidade. Ao mesmo tempo, o governador José Richa anunciava o investimento de 50 bilhões de cruzeiros para auxiliar as regiões afetadas pela seca no estado.

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