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TEMPORAL

60 dias após chuva de granizo, Corbélia ainda junta os “cacos”

Cerca de 300 imóveis, incluindo a prefeitura, continuam cobertos com lona. Verba de socorro chegou ao município apenas no último dia 18

Baldes no chão da prefeitura: telhado ainda não foi consertado | César Machado/Agrostock
Baldes no chão da prefeitura: telhado ainda não foi consertado (Foto: César Machado/Agrostock)
Entulho de amianto virou preocupação ambiental em Corbélia |

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Entulho de amianto virou preocupação ambiental em Corbélia

Dois meses após um temporal de granizo que destelhou 3 mil imóveis, a cidade de Corbélia, no Oeste do Paraná, ainda não se recuperou dos prejuízos causados no dia 20 de setembro. Os telhados de cerca de 300 residências e prédios públicos, entre eles a prefeitura, continuam cobertos com lona. O decreto de situação de emergência, que deveria agilizar o repasse de recursos do governo federal, na prática não funcionou. A liberação da primeira parcela, no valor de R$ 575 mil, só foi publicada no Diário Oficial da União no último dia 18, quase 60 dias depois. "Esse valor seria emergencial, teria que ser liberado na semana seguinte", afirma o prefeito Ivanor Bernardi (PSD).

Parte do telhado do prédio da prefeitura ainda não foi consertado. Na quarta-feira passada, um dia chuvoso na região, os funcionários tiveram de arredar mesas e espalhar baldes para evitar que a água das goteiras molhasse documentos e o chão. O prefeito diz que priorizou o atendimento às famílias, por isso os reparos na prefeitura ainda não foram feitos.

Por outro lado, o decreto de situação de emergência liberou o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) dos trabalhadores da cidade. A Caixa Econômica Federal autorizou o saque de aproximadamente R$ 9 milhões. "Quando a Caixa começou a pagar foi um alívio porque diminuiu o número de pessoas procurando ajuda", relata Bernardi.

Voluntários

A situação desesperadora de muitos afetados pela chuva, que não tinham como reconstruir suas casas, despertou o espírito de voluntariado de muitas pessoas. As amigas Odete Maria Favretto e Rosmari Piovesan iniciaram uma campanha de apoio às vítimas. Elas contaram com apoio do pároco local, que anunciou a campanha nas missas, enquanto as duas ficavam na porta da igreja pedindo a ajuda. Os moradores se sensibilizaram e passaram a doar dinheiro, telhas e outros donativos. Elas já ajudaram a reconstruir o telhado de aproximadamente 40 casas.

Já o proprietário de uma loteadora da cidade doou um lote para o grupo de voluntários. Uma rifa está sendo vendida para arrecadar fundos e auxiliar outras pessoas. O ganhador da rifa ficará com o terreno doado.

A residência da dona de casa Darci Carminate da Silva estava prestes a cair após o temporal. Quando chegaram ao local, os voluntários descobriram que era impossível fazer reparos e decidiram construir uma casa nova, que já está em processo bem adiantado. "A casa tinha sido feita com madeira usada e com a chuva entortou, corria o risco de cair", conta Darci.

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