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Metodologia

A Gazeta do Povo Online considera como final de semana para o balanço das mortes violentas das 8h de sexta-feira até as 8h de segunda-feira em razão do horário coincidir com os turnos das equipes de investigações. A Delegacia de Homicídios, Instituto de Criminalística e a maior parte das delegacias da região metropolitana trocam as equipes às 8h. O Instituto Médico Legal também divulga as mortes do final de semana considerando esse horário.

Especialmente para o carnaval foram consideradas as mortes registradas até as 8h desta quarta-feira (25).

A região de Curitiba teve pelo menos 71 mortes violentas no período de carnaval, segundo dados das policiais Militar, Civil e Científica. Quase metade dos óbitos (32 no total, ou 45% em números relativos) se deu em razão de ferimentos por arma de fogo. A segunda causa morte mais violenta é acidente de trânsito. Foram 18 casos (25%). Depois vem ferimento por arma branca, com seis registros. O balanço usou os números do Instituto Médico Legal (IML) referente ao período entre as 8h de sexta-feira (23) até as 8 horas desta quarta-feira (25).

Mesmo descartando os dias de feriado, há um crescimento na violência em relação com o final de semana passado. Entre sexta-feira (20) e segunda-feira (23), foram 48 mortes violentas. No final de semana anterior, entre os dias 14 e 16, foram 43 óbitos por causas violentas.

O período confirma a tendência de crescimento na violência a partir do primeiro final de semana de fevereiro deste ano. Na média, cada final de semana deste mês teve 46,75 mortes violentas. Em janeiro, a média foi de 31,25, 20% a menos que a atual média de fevereiro.

Uma comparação com o período equivalente ao carnaval do ano passado foi solicitada pela reportagem, mas o plantão do IML afirmou que os dados só poderão ser repassados na quinta-feira (26).

Jovens assassinados

Entre os mortos por arma de fogo neste carnaval, estão dois jovens feridos em uma festa de música eletrônica na Rua Marechal Hugo Panasco Alvim, no bairro Alto Boqueirão, em Curitiba, na madrugada desta quarta-feira. Outras três pessoas foram feridas, mas não correm risco de perder a vida.

Também em Curitiba, outro crime que vitimou um jovem se deu algumas horas antes no bairro Sítio Cercado. O auxiliar de serviços gerais João Henrique Schimidt, 19 anos, morreu com pelo menos quatro tiros. No local, a Delegacia de Homicídios não encontrou testemunhas. Schimidt não tinha passagem pela polícia.

Só na capital paranaense foram pelo menos 15 pessoas assassinadas durante o carnaval - 14 homicídios e um latrocínio, de acordo com a Polícia Civil.

Polícia e ladrão

Um homem não identificado morreu em um suposto tiroteio com a Polícia Militar na noite de terça-feira (24) na cidade de Pinhais. Segundo informações da comunicação social da PM, o homem teria roubado um carro no bairro Bacacheri em Curitiba e teria fugido para Pinhais, quando se deparou com uma equipe da Rondas Ostensivas Tático Móvel (Rotam). O bandido teria reagido a abordagem policial e, no revide, foi atingido. O homem foi levado ao Hospital Cajuru, mas morreu no caminho. Um outro comparsa teria conseguido fugir. A Polícia Militar investiga todos os casos em que supostos bandidos são mortos por membros da corporação.

Os casos de homicídio em Curitiba são investigados pela delegacia homônima. As mortes em razão em latrocínio - roubo seguido de morte - são de responsabilidade da Delegacia de Furtos e Roubos ou Furtos e Roubos de Veículos. Ambos os crimes ocorridos nas cidades da região metropolitana são investigados pelos distritos policiais regionais.

Os endereços e telefones para contato estão no site da Polícia Civil do Paraná. A polícia garante o sigilo da identidade dos informantes.

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