A receita do envolvimento

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Há dez anos, incentivar a alimentação consciente e saudável dos alunos é uma preocupação da Escola Objetiva, participante do Ler e Pensar desde 2014. Entretanto, foi no início deste ano que uma iniciativa capaz de envolver ainda mais os estudantes nas atividades foi posta em prática: da sinergia entre as ideias da diretora, Lúcia Maiczak e da nutricionista Louise Weber surgiu o 1.º Concurso Chefito Quixote Objetiva, resultado da união entre os nomes da escola e da empresa da profissional de nutrição. “Os alunos já têm por hábito o contato com o que chamamos de educação nutricional. Com o concurso, quisemos aproximar ainda mais os pais da nossa realidade”, conta Louise.

O trabalho propôs a criação de receitas para o lanche das crianças do 2.º ao 5.º anos (foto). Para isso, além de referências buscadas em livros e revistas da área, o Caderno Bom Gourmet, da Gazeta do Povo, serviu de inspiração aos pequenos. “Acompanhamos cada edição e as dicas que encontramos lá são realmente importantes e curiosas”. As sugestões de chefs que indicam, por exemplo, receitas agridoces, são aproveitadas. “Vemos como oportunidades de diversificar o paladar do aluno. Claro que não são todos que adoram de imediato, mas o incentivo nós fazemos”, explica.

Somando as turmas participantes, 100 alunos se envolveram na competição e desenvolveram pratos com as mais diversas propostas: opções light, gelados de frutas, salgados e bolos com diferentes tipos de farinha foram apresentados à banca avaliadora na segunda quinzena de maio. Além da diretora e nutricionista da Objetiva, participaram a cozinheira da escola e outros dois professores. Juntos, escolheram as dez propostas finalistas.

Foram levados em conta critérios como criatividade e inovação. “Depois, levamos as sugestões às salas para que os alunos pudessem experimentar e votar na opção preferida”, conta Louise. Ela diz, ainda, que a vencedora já foi eleita e será anunciada até a metade do mês de junho. Surpresas para as crianças também estão sendo pensadas para o dia do evento. “O que posso adiantar é que todos os funcionários e alunos vão provar a receita.”

As aulas de culinária prática na escola ocorrem quinzenalmente, com duração de 40 minutos e costumam ser uma imersão em outras áreas do conhecimento, como história, arte e cultura das regiões. “Antes de trabalhar os pratos típicos de cada país, a teoria fornecida em sala permite a construção de diferentes saberes”, explica Lúcia.

Se a intenção é repetir a iniciativa nos próximos anos? “Certamente que sim. As crianças amaram! Os pais se aproximaram e contribuímos para uma mudança de mentalidade de todos. Tivemos até o caso de uma mãe que disse ter mudado os hábitos alimentares por conta da filha. São sementes que estamos plantando e acredito que tem dado certo porque fazemos tudo com muito amor”, conclui a diretora.