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Os amigos Fábio Dantas e Célio Silveira continuam a beber  na rua depois de fecharem o bar em Almirante Tamandaré | Giuliano Gomes/Gazeta do Povo
Os amigos Fábio Dantas e Célio Silveira continuam a beber na rua depois de fecharem o bar em Almirante Tamandaré| Foto: Giuliano Gomes/Gazeta do Povo

"A região do Batel tem cerca de 150 bares. E não há notícias de mortes nestes locais. Também não se mata nos bares por bebedeira. Os crimes acontecem por rixas antigas." A afirmação é de Fabio Aguayo, diretor da Associação Brasileira de Casas Noturnas (Abrabar). Ele lembra que o toque de recolher imposto nas cidades da RMC que adotaram a medida transfere para Curitiba o problema. "As pessoas deixam estas cidades para beber em Curitiba, onde não há esse tipo de restrição."

Segundo Aguayo, existem cerca de 12 mil bares na capital e região metropolitana. "A maioria que tem problemas é ilegal. O ideal seria o Paraná adotar a receita do Espírito Santo, onde a meta é fechar os bares clandestinos." Ele lembra que em Curitiba, o toque de recolher não virou lei porque a categoria (donos de bares) se mobilizou. A Abrabar apresentou há cerca de um mês um projeto de lei de iniciativa popular para evitar o consumo de bebidas alcoólicas em parques, praças e nas ruas. A idéia é evitar o consumo do tubão – embalagem na qual jovens misturam bebida alcoólica a refrigerante.

No Jardim Alegria, uma favela de São José dos Pinhais, o comerciante Vicente Pereira, dono do Bar Cristal, diz que a obrigação de fechar mais cedo o bar não agrada a ninguém. "É a única diversão do pobre. A gente não tem praça, parque e nenhum lazer. Aqui a pessoa bebe, joga truco, bate uma sinuca e ainda encontra os amigos. É muito legal e não tem confusão", diz o cliente Daniel Vieira de Carvalho. (JNB)

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